Jimmy Carter se reuniu durante sua visita à Coreia do Norte com o número dois do regime comunista, Kim Yong-nam (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 28 de abril de 2011 às 06h46.
Seul - O ex-presidente americano Jimmy Carter indicou que o regime comunista norte-coreano lhe transmitiu, durante sua visita a Pyongyang, que "não abandonará seu programa nuclear sem garantias de segurança de algum tipo por parte dos Estados Unidos".
As declarações de Carter foram publicadas nesta quinta-feira, com data de quarta, no site do grupo independente "The Elders" (Os Anciãos), a organização de ex-estadistas que organizou a visita privada de três dias a Pyongyang, que chega ao fim hoje.
"Durante nossa agenda em Pyongyang ouvimos constantemente que a Coreia do Norte quer melhorar as relações com os EUA e que está preparada para conversas incondicionais tanto com os EUA como com a Coreia do Sul", indicou Carter no site do grupo.
"O ponto inváriavel, e é grande, é que eles (Coreia do Norte) não abandonarão seu programa nuclear sem garantias de segurança de algum tipo por parte dos Estados Unidos", acrescentou.
A Coreia do Norte reiterou que está disposta a voltar às conversas de seis lados sobre seu programa nuclear - das quais também participam Coreia do Sul, China, EUA, Rússia e Japão -, paralisadas desde 2008 pelo boicote do regime norte-coreano.
EUA e Coreia do Sul exigem que Pyongyang demonstre sua disposição para um diálogo sincero e que se desculpe pelo bombardeio de uma ilha sul-coreana em novembro de 2010 e pelo afundamento da corveta "Cheonan", da Marinha da Coreia do Sul, em março do ano passado.
Carter, que viaja acompanhado do ex-presidente da Finlândia Martti Ahtisaari, da ex-presidente da Irlanda Mary Robinson e da ex-primeira-ministra da Noruega Gro Brundtland, chegará nesta quinta-feira a Seul, onde dará detalhes de suas reuniões na Coreia do Norte às autoridades e à imprensa sul-coreanas.
Jimmy Carter e sua equipe se reuniram durante sua visita à Coreia do Norte com o número dois do regime comunista, Kim Yong-nam, e trataram também de assuntos humanitários como a assistência médica e alimentícia à população.
"Espero que possamos ser capazes de voltar aos EUA e à Europa com uma mensagem construtiva e positiva", indicou o ex-presidente americano e prêmio Nobel da Paz em 2002.