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Coreia do Norte mostra pela primeira vez instalações de enriquecimento de urânio

O programa nuclear da Coreia do Norte está proibido pelas sanções das Nações Unidas

Kim tem conseguido, com a ajuda de China e Rússia, contornar as proibições contra seu arsenal nuclear ("AFP PHOTO/KCNA VIA KNS/AFP)

Kim tem conseguido, com a ajuda de China e Rússia, contornar as proibições contra seu arsenal nuclear ("AFP PHOTO/KCNA VIA KNS/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 13 de setembro de 2024 às 06h11.

A imprensa oficial da Coreia do Norte publicou nesta sexta-feira, 13, pela primeira vez, imagens de uma usina de enriquecimento de urânio durante uma visita do líder deste país com arsenal nuclear, Kim Jong-un.

É a primeira vez que a Coreia do Norte oferece detalhes sobre suas instalações de enriquecimento de urânio desde que o país realizou seu primeiro teste nuclear em 2006.

Essas usinas produzem o urânio enriquecido necessário para armamento nuclear, fazendo esse elemento girar em alta velocidade em centrífugas.

O dirigente comunista visitou o Instituto de Armas Nucleares e a "base de produção de materiais nucleares para armamento", segundo informou a agência de notícias estatal KCNA, sem fornecer detalhes sobre o local exato ou a data do evento.

Durante a inspeção, Kim "se familiarizou com a produção de ogivas e materiais nucleares", relatou a KCNA, que publicou imagens do líder ao lado de centrífugas de urânio.

De acordo com o relatório da KCNA, a planta "produz de forma dinâmica materiais nucleares por meio do estudo, desenvolvimento e introdução de todos os elementos do sistema".

Kim e o programa nuclear

Kim incentivou os responsáveis pela instalação a "avançarem na introdução de um novo tipo de centrífuga (...) para reforçar as bases de produção de materiais nucleares para armas".

Ele também ressaltou "a necessidade de estabelecer um objetivo mais elevado a longo prazo na produção de materiais nucleares".

O programa nuclear da Coreia do Norte, prioridade para a dinastia Kim, que domina o país há décadas, está proibido pelas sanções das Nações Unidas.

No entanto, Pyongyang tem conseguido contornar essas restrições, em parte graças ao apoio de aliados como Rússia e China, realizando até hoje seis testes nucleares.

Alguns especialistas apontam que a publicação repentina dessas imagens pode estar relacionada às eleições presidenciais dos Estados Unidos em novembro.

É "uma mensagem para a próxima administração de que é impossível desnuclearizar a Coreia do Norte", opinou Hong Min, analista do Instituto para a Unificação Nacional da Coreia.

No entanto, é pouco provável que essas revelações sejam acompanhadas por um novo teste nuclear em breve.

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