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Coreia do Norte lança mísseis balísticos e aumenta tensão na Ásia

Recentemente, veto da Rússia encerrou monitoramento da ONU sobre sanções contra Pyongang

Coreia do Norte já fez três lançamentos do tipo em 2024 (KCNA/Reuters)

Coreia do Norte já fez três lançamentos do tipo em 2024 (KCNA/Reuters)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 22 de abril de 2024 às 06h34.

Militares da Coreia do Sul relataram nesta segunda-feira diversos lançamentos de mísseis balísticos de curto alcance realizados pela Coreia do Norte. Todos os projéteis caíram no mar, segundo informações do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul

"Intensificamos o monitoramento e estamos compartilhando informações relevantes com os EUA e o Japão", acrescentaram militares sul-coreanos em comunicado. Tóquio confirmou os lançamentos, com a guarda costeira pedindo às embarcações que fiquem atentas e informem sobre qualquer objeto caído.

O lançamento foi o terceiro desse tipo em 2024, com a Coreia do Norte afirmando que está testando um novo míssil hipersônico de alcance intermediário alimentado por um motor de combustível sólido.

Isso ocorre poucos dias depois que um veto da Rússia encerrou o monitoramento de especialistas das Nações Unidas sobre as violações das sanções norte-coreanas. Isso tudo em meio a uma investigação sobre supostos negócios de armas entre Moscou e Pyongyang, e uma semana antes de a Coreia do Sul realizar eleições gerais.

A Coreia do Norte tem aumentado a tensão na região com seus testes, provocando EUA, Japão e outras potências. Pelas resoluções da ONU, o regime de Kim Jong-un está proibido de testar ou lançar mísseis balísticos de qualquer alcance.

Tensões na península coreana

No sábado, o exército norte-coreano anunciou que havia testado uma ogival gigante de míssil e um novo míssil antiaéreo na sexta-feira numa área ao longo da costa.

O líder Kim Jong Un declarou repetidamente seu objetivo de construir um arsenal nuclear para afastar os "inimigos" EUA,  Coreia do Sul e Japão.

O chefe do Comando Espacial dos EUA, general Stephen Whiting, esteve na Coreia do Sul nesta segunda-feira para discutir a vigilância do programa de satélites do Norte.

No início deste ano, Pyongyang encerrou os programas de aproximação que visavam melhorar as relações na península e ameaçou com guerra se até "até 0,001 mm" de seu território fosse violado.

Laços entre Pyongyang e Moscou

O relacionamento de Kim com o presidente russo Vladimir Putin tem gerado preocupação entre o Ocidente.

Pyongyang foi acusada de fornecer armas a Moscou na guerra da Ucrânia. Em troca, especialistas acreditam que a Coreia do Norte está recebendo ajuda russa para desenvolver sua tecnologia também no setor bélico e também petróleo.

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