Seul - A Coreia do Norte explora uma nova usina de enriquecimento de urânio em seu complexo nuclear, com o objetivo de produzir combustível para armas atômicas, informa a imprensa sul-coreana.
"Câmeras infravermelhas utilizadas pelos serviços de inteligência sul-coreano e americano detectaram uma emissão de calor quando as centrífugas a gás começara a funcionar na nova usina", afirma o jornal Joongang Ilbo, que cita uma fonte das forças de segurança de Seul.
A Coreia do Norte iniciou a construção da usina no complexo nuclear de Yongbyon em 2012, segundo a mesma fonte.
Procurado pela AFP, o ministério da Defesa sul-coreano se recusou a fazer "qualquer comentário sobre questões de inteligência".
Em agosto, o Instituto para a Ciência e a Segurança Internacional (ISIS), com sede em Washington, afirmou que a Coreia do Norte prosseguia com a produção de urânio e plutônio na central de Yongbyon, materiais que poderiam ser utilizados no desenvolvimento de uma bomba atômica.
Pyongyang afirma que a usina produz apenas urânio levemente enriquecido para alimentar um futuro reator de água leve, mas especialistas suspeitam que o regime comunista deseja produzir urânio para uso militar.
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1. O maluco armado
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1/8 (Australian War Memorial / Wikimedia Commons)
São Paulo — Tudo seria mais tranquilo se Kim Jong-un fosse apenas o vilão de um filme de James Bond. Mas o líder da Coreia do Norte não só é real como governa um país armado até os dentes. Nesta semana, o Estado-Maior do Exército local disse que os americanos serão esmagados utilizando "meios nucleares", segundo um comunicado citado pela agência oficial norte-coreana, KCNA. Veja as temíveis armas que o país poderia usar num ataque.
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2. Bomba atômica
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2/8 (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)
A Coreia do Norte já realizou três testes com armas nucleares: em 2006, em 2009 e neste ano. O mais recente foi divulgado e comemorado nas ruas do país. Muitos especialistas acreditam que as bombas atômicas norte-coreanas sejam grandes demais para serem transportadas em mísseis. Mas a cortina de segredo que cobre o país deixa uma enorme margem para dúvidas.
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3. Armas biológicas
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3/8 (Divulgação/Wikimedia Commons)
Embora tenha assinado, em 1987, a convenção sobre armas biológicas e tóxicas (BTWC, na sigla em inglês), existem suspeitas de que a Coreia do Norte desenvolva esse tipo de armamento em segredo. Um relatório de 2010, feito pelo Ministério da Defesa da Coreia do Sul, afirma que Kim Jong-un e sua turma cultivam, para uso militar, agentes causadores de antrax, cólera, varíola e outras doenças.
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4. Armas químicas
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4/8 (Força de Defesa de Israel / Wikimedia Commons)
A Coreia do Norte tem um amplo programa de fabricação de
armas químicas, com capacidade estimada em 5 mil toneladas por ano. O arsenal inclui os temidos gases mostarda, fosgênio e sarin. Segundo a organização Nuclear Threat Initiative (NTI), o país tem 12 plantas de fabricação e estocagem de agentes químicos e mais seis depósitos adicionais ondem essas armas são mantidas.
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5. Mísseis de curto alcance
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5/8 (US Navy / Wikimedia Commons)
A Coreia do Norte tem diversos tipos de mísseis de curta distância. O arsenal inclui duas variantes dos Scud soviéticos: Scud-C, com alcance de 500 quilômetros; e Scud-D, de 700 quilômetros. Já o menorzinho KN-02 teria 120 quilômetros de alcance. Os três poderiam ser usados para atacar a Coreia do Sul. Os Scud têm fama de imprecisos e pouco confiáveis. Mas os norte-coreanos podem tê-los aperfeiçoado.
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6. Míssil Musudan
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6/8 (Wikipedia)
O Musudan é o míssil de médio alcance da Coreia do Norte. O Ministério da Defesa da Coreia do Sul estima que tenha alcance de 3 mil quilômetros, mas alguns especialistas falam em 4 mil quilômetros (mapa). Uma bateria desses mísseis teria sido instalada na costa leste do país, de onde poderia atingir o Japão. O míssil já foi exibido em desfiles militares mas não há notícia de que tenha sido testado.
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7. Mísseis intercontinentais
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7/8 (Fabe27 / Wikimedia Commons)
Voando a cerca de 25 mil km/h, um míssil intercontinental disparado da Coreia do Norte chegaria ao Alasca em 14 minutos e ao Havaí em 17 minutos. Sabe-se que o país desenvolve esses mísseis, mas há dúvidas sobre suas condições de operação. O mais antigo deles, o Taepodong-2, falhou durante seu único teste conhecido, em 2006. O KN-08 foi visto apenas em desfiles militares. O Unha-3 foi usado para colocar um satélite em órbita no ano passado (na ilustração, o Unha-2).
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8. Agora veja os aviões de combate que agiram na Líbia em 2011:
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8/8 (Divulgação)