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Coreia do Norte envia alto assessor de Kim Jong-un a Pequim

Envio de delegação coreana parece ser um movimento do país para melhorar as desgastadas relações com seu mais importante aliado

Choe Ryong-hae (centro) no aeroporto de Pyongyang com sua delegação antes de viajar para a China como enviado especial do líder Kim Jong-un (KCNA/Reuters)

Choe Ryong-hae (centro) no aeroporto de Pyongyang com sua delegação antes de viajar para a China como enviado especial do líder Kim Jong-un (KCNA/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2013 às 09h35.

Seul/Pequim - A Coreia do Norte mandou um de seus altos funcionários militares como "enviado especial" do líder Kim Jong-un a Pequim nesta quarta-feira, acompanhado por uma poderosa delegação, no que parece ser um movimento para melhorar as desgastadas relações com seu mais importante aliado.

A delegação chefiada por Choe Ryong-hae, vice-presidente do mais alto órgão militar do país, é a autoridade de maior destaque a visitar a China desde que o tio de Kim, Jang Song-thaek, fez a viagem em agosto de 2012.

Os laços entre Pyongyang e Pequim foram prejudicados pelo terceiro teste nuclear do Norte, realizado em fevereiro, e pelas decisões da China de concordar com as sanções da ONU contra o Norte e de colocar pressão sobre os bancos norte-coreanos.

O primeiro encontro de Choe em Pequim foi com Wang Jiarui, chefe do Departamento Internacional do Partido Comunista Chinês, informou a agência de notícias chinesa Xinhua, sem fornecer mais detalhes.

O movimento diplomático da Coreia do Norte acontece depois que o Japão entrou em contato com Pyongyang na semana passada, por meio de um enviado especial do primeiro-ministro Shinzo Abe, para dialogar sobre os cidadãos japoneses sequestrados pelo Estado isolado e empobrecido.

Choe faz parte do núcleo de funcionários mais próximos a Kim Jong-un, que está no poder há pouco mais de um ano depois de suceder seu pai.

Ele é um gestor político de longa data e foi surpreendentemente nomeado vice-marechal do Exército no ano passado, apesar de não ter formação militar.

A viagem de Jang em 2012 tinha sido destinada a garantir uma visita de Kim a Pequim e obter investimentos para a frágil economia do Norte, embora aparentemente tenha falhado, de acordo com diplomatas. Jang é visto como o mais poderoso oficial da Coreia do Norte depois de Kim.

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