Mundo

Coreia do Norte destaca concessões de Trump sobre exercícios militares

A agência norte-coreana destacou o interesse de Donald Trump de encerrar os exercícios militares com a Coreia do Sul e suspender as sanções contra o país

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o  presidente dos EUA, Donald Trump: eles realizaram no dia 12 de junho uma reunião histórica (Kevin Lim/The Straits Times/Reuters)

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o presidente dos EUA, Donald Trump: eles realizaram no dia 12 de junho uma reunião histórica (Kevin Lim/The Straits Times/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 13 de junho de 2018 às 11h22.

Seul - A imprensa estatal norte-coreana elogiou nesta quarta-feira a reunião entre Kim Jong Un e Donald Trump, classificando o encontro como um sucesso estrondoso e destacando as concessões do presidente dos Estados Unidos e a perspectiva de uma nova era de paz e prosperidade na península coreana.

A Agência Central Coreana de Notícias (KCNA) reportou que Trump expressou sua intenção de parar os exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul, oferecer garantias ao Norte e suspender as sanções contra o país enquanto as relações melhorarem.

O presidente dos Estados Unidos disse em entrevista coletiva na terça-feira, após sua conferência com o líder norte-coreano em Singapura, que gostaria de suspender as sanções, mas que isso não aconteceria de maneira imediata.

Kim e Trump fizeram convites um ao outro para visitas em seus respectivos países, e ambos os líderes "aceitaram de bom grado", informou a KCNA.

A reunião foi a primeira entre um presidente dos Estados Unidos e um líder norte-coreano e seguiu uma série de testes nucleares e de mísseis e trocas enfurecidas de insultos e ameaças entre Trump e Kim no ano passado que alimentaram temores de uma possível guerra.

"Kim Jong Un e Trump tiveram o reconhecimento mútuo de que é necessário apoiar o princípio de ações simultâneas, passo a passo, para conseguir a paz, a estabilidade e desnuclearização da península coreana", disse a KCNA.

Trump confirmou que os Estados Unidos iriam parar seus exercícios militares com a Coreia dos Sul enquanto a Coreia do Norte negociasse a desnuclearização.

"Nós não iremos fazer os jogos de guerra enquanto estamos negociando de boa fé", disse Trump ao canal Fox News em uma entrevista em Singapura após a reunião.

"Então, isso é bom por uma série de razões, além disso economizaremos uma imensa quantia de dinheiro", disse Trump. "Você sabe, essas coisas, elas custam. Eu odeio parecer um homem de negócios, mas eu sempre dizia, quanto isso está custando?"

Falado em Pequim, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China Geng Shunang disse que esperava que todas as partes pudessem "aproveitar o momento de mudanças positivas" na península para tomar passos construtivos em direção a uma resolução política e na promoção da desnuclearização.

"Neste momento, todos já haviam visto que a Coreia do Norte havia suspendido seus testes nucleares e de mísseis, e que os Estados Unidos e a Coreia do Sul restringiram suas ações militares. Isso, de fato, acabou realizando a proposta chinesa de suspensão dupla", disse em um pronunciamento diário à imprensa.

Acompanhe tudo sobre:Armas nuclearesCoreia do NorteCoreia do SulDiplomaciaDonald TrumpEstados Unidos (EUA)Kim Jong-unMísseisSingapuraTestes nucleares

Mais de Mundo

França estreia novo governo com giro à direita

Trump diz que é 'muito tarde' para outro debate com Harris nos EUA

Sri Lanka vota em primeiras presidenciais desde o colapso econômico

Milei viaja aos EUA para participar na Assembleia Geral da ONU pela 1ª vez