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Coreia do Norte constrói base secreta de mísseis perto da fronteira com a China, diz relatório

Instalação de Sinpung-dong teria entre seis e nove mísseis balísticos intercontinentais com capacidade nuclear

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Agência de notícias

Publicado em 21 de agosto de 2025 às 07h45.

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A Coreia do Norte construiu uma base militar secreta perto de sua fronteira com a China que poderia abrigar os mísseis balísticos de longo alcance mais modernos de Pyongyang, segundo uma investigação recente.

A instalação de mísseis "não declarada" de Sinpung-dong fica a 27 quilômetros da fronteira chinesa, segundo o relatório publicado na quarta-feira pelo Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS), com sede em Washington.

A base, na província de Pyongan do Norte, provavelmente abriga entre seis e nove mísseis balísticos intercontinentais com capacidade nuclear e seus lançadores, afirma o documento. O texto acrescenta que as armas "representam uma ameaça nuclear potencial para o leste da Ásia e o território continental dos Estados Unidos".

O relatório, que o CSIS classificou como a primeira confirmação exaustiva e de fontes abertas sobre Sinpung-dong, afirma que a infraestrutura é uma das "entre 15 e 20 bases de mísseis balísticos, instalações de manutenção, armazenamento de projéteis e ogivas que a Coreia do Norte nunca declarou".

Pyongyang intensificou seu programa nuclear desde uma reunião de cúpula fracassada no Vietnã com os Estados Unidos em 2019. Durante o encontro, o presidente Donald Trump e o líder norte-coreano Kim Jong Un não chegaram a um acordo sobre o que a Coreia do Norte cederia em troca da suspensão das sanções internacionais.

Kim pediu recentemente a "rápida expansão" da capacidade atômica da nação, isolada diplomaticamente. Pyongyang também se aproximou da Rússia após a invasão da Ucrânia, fornecendo tropas para a campanha militar de Moscou.

O governo dos Estados Unidos afirma que há evidências de que Moscou está intensificando seu apoio a Pyongyang em tecnologia espacial e de satélites, em troca da ajuda no território ucraniano. Analistas afirmam que os lançadores de satélites e os mísseis balísticos intercontinentais compartilham grande parte da mesma tecnologia de base.

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