Seul - Meios de comunicação <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/coreia-do-norte">norte-coreanos</a></strong> confirmaram que o líder Kim Jong-Un está sofrendo desconforto, em seu primeiro comentário sobre os problemas de <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/saude">saúde</a></strong> que acredita-se que estejam por trás das três semanas de afastamento do líder da vida pública.</p>

Em um documentário de uma hora intitulado "Dias de orientação para o povo", que foi ao ar na quinta-feira, a rede de televisão estatal mostrou Kim mancando ao visitar uma fábrica fora de Pyongyang, informou nesta sexta-feira a agência de notícias sul-coreana Yonhap.

Em certo ponto, o narrador do documentário afirma que Kim manteve as viagens de orientação de campo "liderando apaixonadamente o caminho para o seu povo, apesar de sofrer desconforto".

É altamente incomum a imprensa estatal informar sobre a saúde do líder norte-coreano e o documentário pode ter sido exibido para lidar com as crescentes especulações.

O jovem líder, que acredita-se que tenha 30 ou 31 anos, não é visto em público desde que assistiu a um show de música com sua esposa, Ri Sol-Ju, no dia 3 de setembro.

Além disso, em julho ele já havia sido visto mancando durante a cerimônia do 20º aniversário da morte de seu avô, Kim Il-Sung, fundador do regime comunista. As imagens provocaram muitas perguntas na época sobre uma doença ou lesão.

O documentário foi exibido antes da gravação da nova sessão do Parlamento, que se reúne uma ou duas vezes por ano para aprovar as decisões do partido único de inspiração leninista, e na qual Kim foi uma notável ausência.

Os boatos permanentes na Coreia do Sul envolvendo seu vizinho do Norte foram alimentados com a ausência prolongada de Kim, com relatos de que ele poderia estar sofrendo de gota, diabetes ou pressão arterial elevada - ou ainda todos os três.

Uma fonte declarou à agência Yonhap que uma equipe médica norte-coreana visitou a Alemanha e a Suíça para se consultar sobre questões de saúde de Kim.

No entanto, em uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira o Ministério da Unificação do Sul se recusou a aumentar as especulações.

"Estamos observando com várias possibilidades em mente, incluindo os rumores sobre problemas de saúde", disse uma porta-voz do ministério.

A ausência nos meios de comunicação por várias semanas contrasta com sua onipresença na imprensa estatal desde que sucedeu o pai, Kim Jong-Il, após sua morte, em dezembro de 2011.

No entanto, Hong Hyun-Ik, pesquisador do centro de estudos Sejong de Seul, advertiu que "as especulações sobre o estado de saúde de Kim Jong-Un são exageradas no Sul".

"É muito provável que seja apenas fadiga e que precise descansar", afirmou.