O líder Kim Jong Un sentado em aeronave durante inspeção na Coreia do Norte (KCNA/Reuters)
Da Redação
Publicado em 29 de julho de 2015 às 07h34.
Seul — A Coreia do Norte concluiu a renovação de sua principal instalação de lançamento de foguetes de longo alcance, mas não dá sinais de que irá realizar testes no local em breve, garantiu nesta quarta-feira um site especializado.
As recentes imagens registradas por satélites comerciais revelam que foram finalizados os trabalhos iniciados neste ano para reformar a plataforma de lançamento de veículos espaciais Sohae, também conhecida como Dongchan-ri, no noroeste da Coreia do Norte, indicou o site "38north".
O portal, associado à universidade americana Johns Hopkins, explicou em um relatório que as instalações estão prontas para que os norte-coreanos possam lançar foguetes de longo alcance.
O governo da Coreia do Sul já tinha revelado na última semana que a reforma da plataforma estava quase finalizada. E previu que Pyongyang poderia realizar um teste de mísseis antes do dia 10 de outubro, data em que o Partido dos Trabalhadores completa 70 anos.
No entanto, o "38north" afirmou em seu relatório que "não há indícios de preparativos para um lançamento em Sohae". Nem mesmo o regime norte-coreano deu indicações de que tenha tomado uma decisão nesse sentido, conforme os especialistas.
Em dezembro de 2012, a Coreia do Norte lançou o foguete Unha-3 da mesma plataforma. Foi a primeira vez na história que o país colocou em órbita um satélite de observação, o Kwangmyongsong-3.
No entanto, a comunidade internacional interpretou a ação como um teste encoberto de um míssil balístico intercontinental. Por isso, o regime comunista norte-coreano sofreu um endurecimento das sanções por parte do Conselho de Segurança da ONU.
Para obter pistas que permitam indicar um possível lançamento, o "38north" afirmou que irá observar nas próximas semanas a atividade em Dongchang-ri, assim como um possível aumento do trânsito de veículos e a chegada de cargas suspeitas.
O líder norte-coreano, Kim Jong-un, nega que os lançamentos sejam ensaios de mísseis e defende o direito do país de desenvolver tecnologias de satélites e exploração espacial. EFE