Mundo

Coreia do Norte cobra retirada de sanções para conversações

Essa foi a primeira resposta oficial do governo norte-coreano à proposta de negociação do Sul


	Coreia do Norte: Coreia do Sul disse que estava disposta a discutir as sanções como forma de fazer as conversações avançarem
 (REUTERS/Kyodo)

Coreia do Norte: Coreia do Sul disse que estava disposta a discutir as sanções como forma de fazer as conversações avançarem (REUTERS/Kyodo)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2015 às 08h14.

Seul - A Coreia do Norte estabeleceu como condição, nesta sexta-feira, a remoção de sanções impostas pela Coreia do Sul após um ataque de 2010 a um navio sul-coreano para retomar o diálogo com o país vizinho.

Essa foi a primeira resposta oficial do governo norte-coreano à proposta de negociação do Sul, que incluiu uma oferta de conversações para retomar a reunião de famílias separadas pela guerra de 1950-1953.

Após uma delegação norte-coreana de alto nível ter feito uma visita surpresa em outubro do ano passado à cerimônia de encerramento dos Jogos Asiáticos, a Coreia do Sul disse que estava disposta a discutir as sanções como forma de fazer as conversações avançarem.

As medidas punitivas, impostas em maio de 2010 após um ataque com torpedo a um navio da Marinha sul-coreana em que 46 marinheiros morreram, cortaram a maior parte do relacionamento político e comercial com o Norte. O Norte nega ter sido responsável pelo ataque.

"Se o governo sul-coreano estiver sinceramente interessado em questões humanitárias, primeiro precisa remover a proibição que foi imposta para o propósito da confrontação", disse um porta-voz do Comitê para a Reunificação Pacífica da Coreia à agência de notícias norte-coreana KCNA.

A Coreia do Norte, que também é alvo de duras sanções da ONU por ter realizados testes de mísseis e nucleares, ainda está tecnicamente em guerra com o Sul, uma vez que a Guerra da Coreia terminou apenas com uma trégua, e não com um tratado de paz.

Acompanhe tudo sobre:PolíticaCoreia do NorteÁsiaCoreia do SulNegociações

Mais de Mundo

Israel intensifica preparativos para ofensiva em Gaza

Putin e Trump: mídia russa reage de forma negativa ao encontro de presidentes no Alasca

Venezuela se prepara para reação militar contra os EUA com 4,5 milhões de paramilitares mobilizados

Incerteza sobre aliança com os EUA leva Japão a reabrir debate sobre armas nucleares