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Coreia do Norte anuncia repatriação de seis sul-coreanos

Coreia do Norte anunciou que repatriará amanhã seis cidadãos da Coreia do Sul que permaneciam no país comunista, uma decisão sem precedentes na história


	Bandeira da Coreia do Norte: "é a primeira vez na história que a Coreia do Norte decide repatriar sul-coreanos", disse fonte
 (Feng Li/Getty Images)

Bandeira da Coreia do Norte: "é a primeira vez na história que a Coreia do Norte decide repatriar sul-coreanos", disse fonte (Feng Li/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2013 às 08h43.

Seul - A Coreia do Norte anunciou nesta quinta-feira que repatriará amanhã seis cidadãos da Coreia do Sul que permaneciam no país comunista, uma decisão sem precedentes na história, informou o Ministério da Unificação de Seul.

"A Coreia do Norte nos enviou um fax para comunicar que enviará de volta à Coreia do Sul seis de nossos cidadãos", contou à Agência Efe uma porta-voz da Unificação.

O regime de Pyongyang especificou na mensagem enviada ao governo de Seul que a repatriação vai acontecer amanhã à tarde na aldeia de Panmunjeom, localizada na fronteira que divide as duas Coreias.

"É a primeira vez na história que a Coreia do Norte decide repatriar sul-coreanos através do canal de Panmunjeom", manifestou a representante de Unificação.

A porta-voz divulgou os sobrenomes dos sul-coreanos que serão repatriados - Kim, Song, Yoon, Lee, Jung e Hwang - assim como suas idades, entre 27 e 67 anos.

Ela também confirmou que se trata de "pessoas que foram para a Coreia do Norte por vontade própria" e descartou que tivessem sido sequestrados pelo país comunista. Ainda não se sabe por quanto tempo os sul-coreanos permaneceram no país vizinho.

O Ministério da Unificação da Coreia do Sul acredita que pelo menos quatro dos sul-coreanos que supostamente retornarão amanhã sejam os mesmos que a Coreia do Norte afirmou manter detidos e "sob investigação" em fevereiro de 2010.

"Na época nos disseram que tinham quatro sul-coreanos detidos sob investigação", explicou a porta-voz de Unificação, supostamente por entrar no país de forma ilegal, "mas quando perguntamos suas identidades, nunca nos responderam".

Seul divulgou na semana passada que a Coreia do Norte sequestrou nas últimas seis décadas 516 cidadãos sul-coreanos, muitos dos quais ainda poderiam estar vivos e retidos pelo regime comunista.

"Pedimos a eles muitas vezes que enviem de volta nossos cidadãos, mas nunca aceitam", lamentou a porta-voz de Seul.

Em meados de setembro veio à tona por meio da imprensa o surpreendente caso de Jeon Wook-pyo, um pescador sul-coreano que conseguiu escapar e retornar a seu país após 40 anos sequestrado pela Coreia do Norte.

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