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Coreia do Norte acusa CIA de tentar assassinar Kim Jong-un

Segundo uma declaração, um grupo apoiado pela CIA e pela Agência de Inteligência da Coreia do Sul entrou no país para atacar Jong-un com substância química

Kim Jong-un: a publicação afirma que o suposto plano incluiu também o uso de "substâncias radioativas e venenosas" (KCNA/Reuters)

Kim Jong-un: a publicação afirma que o suposto plano incluiu também o uso de "substâncias radioativas e venenosas" (KCNA/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2017 às 08h24.

Última atualização em 5 de maio de 2017 às 08h34.

A Coreia do Norte acusou nesta sexta-feira a CIA de traçar, junto com os serviços de inteligência sul-coreanos, um plano para matar seu líder, Kim Jong-un, com substâncias químicas durante as comemorações de abril passado no país asiático.

O Ministério de Segurança Estatal assegurou que tinham detectado um grupo infiltrado pela Agência Central de Inteligência (CIA) e o Serviço Nacional de Inteligência de Seul para realizar "preparativos encobertos e meticulosos" para realizar um atentado contra seu líder "através do uso de substâncias químicas".

Em um comunicado, publicado pela agência oficial de notícias norte-coreana "KCNA", o Ministério afirmou que a CIA e os serviços de inteligência sul-coreanos "subornaram" em 2014 um norte-coreano de sobrenome Kim que trabalhava em um complexo industrial no território russo de Khabarovsk para que realizasse um "atentado terrorista" contra o líder supremo do país.

O objetivo era assassinar Kim durante os atos em março no Palácio do Sol de Kumsusan (onde estão embalsamados seu avô e seu pai, Kim Il-sung e Kim Jong-il, respectivamente) e no desfile militar.

"Disseram a ele que o assassinato com substâncias químicas, incluindo substâncias radiativas e nanovenenos, era o melhor método, que não requer acesso ao alvo", com resultados após seis ou 12 meses, segundo o texto.

Os serviços de inteligência de Seul assumiram o custo dos fornecimentos e fundos necessários para a operação e o homem recebeu dois pagamentos de US$ 20.000, bem como um transmissor-receptor via satélite.

Ao longo de 2016, quando o homem morava em Pyongyang, foi-lhe dadas instruções para ter acesso ao local das comemorações e US$ 200.000 para estabelecer um centro de contato no estrangeiro com o fim de introduzir as equipes e materiais necessários para "subornar cúmplices".

Em resposta, a Coreia do Norte ameaçou lançar um "ataque antiterrorista" contra as agências de inteligência de ambos os países pela conspiração.

"Vamos rastrear e destruir sem piedade até o último terrorista da CIA "e da inteligência de Seul, segundo a "KCNA"

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