Edward Snowden, ex-agente da NSA, é visto em uma transmissão em uma tela no Chung King Mansion, em Hong Kong (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 18 de junho de 2013 às 11h58.
Seul - A Coreia do Norte saiu na terça-feira em defesa das liberdades civis nos Estados Unidos, dizendo que as revelações sobre os programas norte-americanos de vigilância telefônica e via Internet mostram que o governo dos EUA é o "chefão" dos abusos aos direitos individuais.
Entidades de direitos humanos e desertores há anos acusam a Coreia do Norte, um dos países mais fechados do mundo, de adotar práticas totalitárias incluindo a repressão a dissidentes, a manutenção de uma rede de campos prisionais com cerca de 200 mil detentos, e uma política que causa surtos periódicos de fome ao colocar os militares em primeiro lugar.
Um comentário no jornal estatal Minju Joson disse que as denúncias sobre os programas de vigilância, apresentadas por um ex-prestador de serviços da CIA chamado Edward Snowden, mostram que norte-americanos e estrangeiros estão "submetidos à espionagem que foi aplicada indiscriminadamente pela instituição de inteligência dos EUA".
"Isso claramente prova mais uma vez que os EUA são os chefões dos abusos aos direitos humanos, pois eles colocam o mundo todo sob sua rede de observação e conduzem espionagens contra a humanidade", disse o comentário, citado pela agência estatal de notícias KCNA.
"Todo indivíduo tem o direito de viver esse desenvolver com dignidade como um ser social", acrescentou o texto. "Mas, na sociedade norte-americana, onde prevalece a lei da selva, só os direitos dos homens fortes sobre os homens fracos são reconhecidos."