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Coreano está reprimindo dissidências, diz Seul

Kim Jong-un assumiu o comando do regime norte-coreano há quase um ano, depois da morte do seu pai


	O líder norte-coreano Kim Jong-un: Kim expurgou nos últimos meses grande parte da cúpula militar que ele herdou do pai
 (AFP)

O líder norte-coreano Kim Jong-un: Kim expurgou nos últimos meses grande parte da cúpula militar que ele herdou do pai (AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2012 às 09h00.

Seul - O jovem líder norte-coreano está usando o iminente lançamento de um foguete para reforçar seu prestígio interno e reprimir qualquer dissidência, em meio a sinais de que a transição de poder não está transcorrendo da forma planejada, disse um alto funcionário do governo sul-coreano nesta sexta-feira.

A isolada Coreia do Norte pretende lançar entre os dias 10 e 22 de dezembro um foguete que, segundo autoridades locais, servirá para colocar um satélite em órbita. EUA, Coreia do Sul e Japão dizem que o lançamento é um pretexto para testar tecnologias relacionadas a um míssil de longo alcance capaz de transportar ogivas nucleares.

Kim Jong-un assumiu o comando do regime norte-coreano há quase um ano, depois da morte do seu pai, e os sinais iniciais de que ele promoveria uma abertura econômica agora deram espaço a temores de uma onda repressiva.

O próprio Kim alertou no mês passado para o perigo de "elementos rebeldes" dentro da sociedade norte-coreana, e recentemente ele se reuniu com o primeiro escalão policial.

"Está em curso uma caça às bruxas em grande escala", disse um funcionário da Presidência sul-coreana, falando a jornalistas estrangeiros. A fonte pediu anonimato e suas declarações não puderam ser verificadas de forma independente.

A Rússia, ecoando as críticas feitas quando do frustrado lançamento de um foguete norte-coreano, em abril, disse que o regime de Kim já foi alertado a não ignorar uma resolução da ONU que "o proíbe de forma inequívoca de lançar foguetes usando tecnologia balística".

A China, única aliada importante da Coreia do Norte, também pediu a Pyongyang que não adote nenhuma ação que "piore o problema".

Kim expurgou nos últimos meses grande parte da cúpula militar que ele herdou do pai, e costuma aparecer escoltado por guardas armados, indicando um clima de inquietação no país, segundo a fonte sul-coreana.


No mês passado, Kim nomeou um novo ministro de Defesa, que supostamente foi o mentor de um ataque a uma ilha sul-coreana em 2010, e que tem fortes ligações com a Síria.

As duas Coreias estão tecnicamente em guerra, pois seu conflito de 1950 a 53 terminou apenas com um armistício, e não com um tratado de paz. Há anos potências regionais tentam conter o programa nuclear norte-coreano. A Coreia do Norte realizou testes nucleares em 2006 e 2009.

O funcionário disse que Kim, que supostamente irá completar 30 anos em 2013, encomendou equipamentos modernos de outro país para a sua tropa de choque policial, e também treinou mandou treinar esse contingente para reagir a possíveis distúrbios civis.

O funcionário não quis identificar qual país forneceu armas e treinamento aos policiais norte-coreanos.

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