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Corbyn diz que Parlamento britânico deveria votar "qualquer ação militar"

Trabalhista que lidera oposição ao governo de Theresa May fez alerta para aumento de tensões na Síria em caso de resposta armada a suposto ataque químico

Corbyn: trabalhista alertou sobre a possibilidade de uma "guerra quente entre EUA e Rússia nos céus da Síria" (Neil Hall/Reuters)

Corbyn: trabalhista alertou sobre a possibilidade de uma "guerra quente entre EUA e Rússia nos céus da Síria" (Neil Hall/Reuters)

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EFE

Publicado em 11 de abril de 2018 às 15h50.

O líder da oposição no Reino Unido, o trabalhista Jeremy Corbyn, defendeu nesta quarta-feira que o Parlamento precisa submeter à votação "qualquer ação militar" que tenha a participação do governo britânico e alertou que a situação na Síria pode piorar com novos bombardeios.

"O Parlamento sempre deveria ter voz a respeito de qualquer ação militar", afirmou à emissora "BBC", ao alertar que uma resposta armada ao suposto ataque com armas químicas que deixou dezenas de mortos na cidade síria de Duma no sábado passado pode levar a uma "escalada" da tensão na região.

Corbyn alertou sobre a possibilidade de uma "guerra quente entre os Estados Unidos e a Rússia nos céus da Síria", em referência a um conflito que envolva confrontos diretos, em oposição ao termo "guerra fria".

A primeira-ministra britânica, a conservadora Theresa May, advertiu que o "contínuo uso de armas químicas (na Síria) não pode ficar sem resposta".

May sustentou que as primeiras evidências sugerem que o regime sírio de Bashar al Assad é o responsável pelo suposto ataque químico em Duma, o único reduto ainda sob controle rebelde nos arredores de Damasco.

"Trabalharemos com os nossos aliados mais próximos para ver como podemos garantir que os responsáveis prestem contas e como podemos prevenir e impedir no futuro a catástrofe humanitária provocada pelo uso de armas químicas", acrescentou May.

Em agosto de 2013, o Parlamento britânico vetou uma intervenção militar na Síria que defendia o então primeiro-ministro, o conservador David Cameron, em resposta a outro suposto ataque químico perpetrado por Assad.

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