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COP30: Secretário de energia dos EUA chama cúpula no Brasil de 'farsa'

Chris Wright criticou a conferência climática em Belém; os EUA não vão enviar representantes de alto escalão ao evento

Chris Wright: o secretário de Energia dos EUA disse que a COP30 'não é uma organização honesta buscando melhorar a vida humana'

Chris Wright: o secretário de Energia dos EUA disse que a COP30 'não é uma organização honesta buscando melhorar a vida humana'

Publicado em 8 de novembro de 2025 às 18h39.

O secretário de Energia dos Estados Unidos, Chris Wright, classificou na última sexta-feira, 8, a COP30 como uma conferência prejudicial e equivocada.

Em entrevista à Associated Press, ele afirmou que o evento “é essencialmente uma farsa” e “não é uma organização honesta buscando melhorar a vida humana”. Wright acrescentou que pode comparecer à próxima edição “para levar um pouco de bom senso”.

As declarações ocorreram enquanto líderes mundiais se reuniam em Belém, no Pará, para a cúpula climática das Nações Unidas.

A Casa Branca confirmou que os Estados Unidos não vão enviar representantes de alto escalão à conferência. Segundo comunicado, o presidente “não colocará em risco a segurança econômica e nacional do país para perseguir metas climáticas vagas”.

Além dos Estados Unidos, China e Índia — os maiores emissores de gases de efeito estufa do planeta — também não enviaram seus chefes de Estado à COP30.

'Ambientalismo baseado no medo'

Em Atenas, Wright chefiou uma delegação norte-americana em uma conferência de negócios focada em ampliar as exportações de gás natural liquefeito para o Leste Europeu e a Ucrânia.

Durante o evento, as autoridades americanas criticaram as políticas de redução de carbono da União Europeia, alegando que elas prejudicam o crescimento econômico e a liderança global em inovação energética e em inteligência artificial.

Ex-executivo do setor de combustíveis fósseis, Wright defendeu a prioridade de Washington em promover crescimento e acesso à energia, em vez de ambientalismo baseado no medo. Ele disse que fóruns internacionais deveriam “se concentrar nas pessoas” e não em “assustar crianças”.

A política ambiental americana

Enquanto isso, em Belém, líderes latino-americanos reforçaram alertas sobre o avanço das mudanças climáticas, impulsionadas pela queima de combustíveis fósseis. O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que a falta de ação representa uma “falha moral” que pode intensificar a fome, o deslocamento populacional e os danos ambientais.

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, criticou a ausência do presidente americano Donald Trump, dizendo que ela simboliza oposição à humanidade.

Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva adotou tom mais diplomático, afirmando esperar que o líder americano mude de posição sobre a transição energética. “O presidente Trump me disse que não acredita em energia verde”, disse Lula a repórteres no início desta semana. “Ele vai acreditar, porque vai perceber que não temos muitas alternativas.”

Desde o início do segundo mandato, Trump vem revertendo políticas ambientais da gestão anterior. Ele retirou novamente os Estados Unidos do Acordo de Paris e bloqueou projetos de energia renovável, como parques eólicos offshore, além de cancelar bilhões de dólares em subsídios para iniciativas de energia limpa.

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