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COP 21 deve gerar acordo "global e ambicioso", diz Rajoy

Segundo o presidente da Espanha, os países devem conseguir um acordo "global, ambicioso e juridicamente vinculativo" sobre o clima que comprometa todos


	Presidente da Espanha, Mariano Rajoy, faz discurso na abertura da COP 21, em Paris
 (Stephane Mahe/Reuters)

Presidente da Espanha, Mariano Rajoy, faz discurso na abertura da COP 21, em Paris (Stephane Mahe/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2015 às 14h51.

Paris - O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, ressaltou nesta segunda-feira que a Cúpula do Clima de Paris (COP21) deve gerar um acordo "global, ambicioso e juridicamente vinculativo" que comprometa todos os países.

O chefe do Executivo espanhol disse em seu discurso perante os demais líderes e também em entrevista coletiva que na COP21 os países devem conseguir um acordo "global, ambicioso e juridicamente vinculativo" que comprometa todos em função de suas respectivas capacidades e circunstâncias.

"Este é um assunto no qual devemos todos nos envolver, ou será muito difícil e complicado lutar contra a mudança climática", advertiu Rajoy.

Nesta cúpula, sob a presidência da França, participam chefes de Estado ou de governo de 195 países que buscarão um acordo global sobre a mudança climática para que a temperatura do planeta não aumente mais de dois graus no final de século (frente aos 2,7 graus que se alcançaria com as contribuições atuais).

O presidente do governo espanhol anunciou também que, se seguir à frente do Executivo na próxima legislatura, aprovará uma lei de mudança climática para dar coerência a todas as decisões nesta matéria, ao mesmo tempo em que ressaltou que a Espanha aumentará substancialmente as ajudas para a redução de emissões.

Rajoy elogiou a França e seu presidente, François Hollande, pela organização desta cúpula em "momentos difíceis", em referência aos atentados de Paris do último dia 13 de novembro.

"A Espanha enfrenta esta cúpula com compromisso", salientou, ao lembrar que o país iniciou medidas concretas como programas de renovação da frota de veículos, atuações para aumentar a eficiência energética em edifícios e o financiamento de projetos concretos de redução de emissões.

Além disso, ressaltou que a Espanha, junto aos demais parceiros europeus, assumiu o compromisso de reduzir as emissões em pelo menos 40% até 2030, em relação aos níveis de 1990, e assinalou que prova desse compromisso é o anúncio de uma lei de mudança climática e o aumento das ajudas para reduzir emissões destinadas a países em desenvolvimento.

A 20 dias das próximas eleições gerais na Espanha, Rajoy explicou que essa lei "dotará de coerência as atuações de todos os envolvidas na transição a uma economia baixa em carbono, que cresça e que crie emprego".

Em relação à mobilização de recursos financeiros a países em desenvolvimento em seus esforços para realizar ações de luta contra a mudança climática, Rajoy assinalou que nos últimos quatro anos o país forneceu 1,4 bilhões de euros a esse fim.

Além disso, indicou que a Espanha aumentará substancialmente suas contribuições anuais a projetos que favoreçam a transição de uma economia baixa em carbono em países em desenvolvimento até chegar a duplicá-las em 2020 com níveis do entorno de 900 milhões de euros ao ano. 

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