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Coordenadora da ONU alerta que ajuda aérea e marítima para Gaza não substitui a terrestre

Sigrid Kaag criticou o complicado processo de inspeção na fronteira, feito por Israel

 (AFP/AFP Photo)

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Agência o Globo
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Publicado em 8 de março de 2024 às 08h32.

Chegar com suprimentos humanitários a Gaza por meio de lançamentos aéreos ou marítimos não substitui adequadamente as entregas terrestres, disse nessa quinta-feira a coordenadora de ajuda da ONU para o território palestino, Sigrid Kaag, após uma reunião a portas fechadas do Conselho de Segurança.

Kaag disse ao Conselho que a comunidade internacional deve "saturar o mercado de Gaza com bens humanitários" e "reativar o setor privado" para poder fornecer mais bens comerciais que atendam às necessidades dos civis.

"A diversificação das rotas de suprimento por terra" ainda é a solução ideal, afirmou a coordenadora.

"É mais fácil, mais rápido e mais barato, especialmente se soubermos que precisamos sustentar a assistência humanitária para os habitantes de Gaza por um longo período de tempo".

"O ar ou o mar não substituem o que precisamos ver chegar por terra", assegurou.

Os comentários surgem após a Casa Branca anunciar, também nessa quinta-feira, planos para construir um porto em Gaza para receber mais ajuda humanitária, e vários países, incluindo os Estados Unidos, lançarem ajuda de aviões nos últimos dias.

Embora Kaag tenha elogiado esses lançamentos, ela advertiu que eles são "uma gota no oceano, longe de ser suficiente".

A coordenadora enfatizou o complicado processo de inspeção na fronteira, feito por Israel. "Se tudo passar por um ou dois cruzamentos, é mais difícil de processar. A verificação da verificação leva tempo. Há processos burocráticos", criticou.

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