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Contraofensiva: como funcionam os drones navais, novas armas da Ucrânia na guerra contra a Rússia

O governo russo aponta que drones navais das forças de Volodymyr Zelensky foram responsáveis pela destruição da ponte na Crimeia

Guerra na Ucrânia: Os drones navais da Ucrânia são semelhantes a lanchas de 5,5 metros de comprimento (STRINGER/AFP/Getty Images)

Guerra na Ucrânia: Os drones navais da Ucrânia são semelhantes a lanchas de 5,5 metros de comprimento (STRINGER/AFP/Getty Images)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 18 de julho de 2023 às 09h53.

A Rússia afirmou nesta terça-feira, 18, que repeliu um ataque de drones ucranianos na Crimeia. A ofensiva de Kiev segue um dia após parte de uma ponte de 19,2 km, que cruza o Estreito de Kerch, explodir, matando duas pessoas e fechando um dos principais canais de abastecimento de tropas russas no sul.

A Ucrânia não assumiu abertamente o ataque, mas veículos de imprensa ucranianos, assim como o governo russo, apontam que drones navais das forças de Volodymyr Zelensky foram responsáveis pela destruição.

A agência pública de notícias da Ucrânia, a Ukrinform, disse que drones marinhos ucranianos estão por trás do ataque, citando fontes do Serviço Secreto Ucraniano (SBU). O uso dos armamentos também foi apontado pelo Comitê Anti-Terrorismo da Rússia como responsável por destruir a ponte.

De acordo com o jornal britânico The Telegraph, as tropas ucranianas usaram drones de superfície, ou seja não submersíveis, para perpetrar o ataque e atingir um alvo de difícil acesso. Com base em registros de outros ações dessas máquinas, o jornal aponta que esses dispositivos são uma combinação tecnologia de ponta, "com "kits de esportes marítimos e fabricação de bombas à moda antiga".

Como funcionam os drones navais?

Os drones navais da Ucrânia são semelhantes a lanchas de 5,5 metros de comprimento. Na direção da proa, a parte da frente da embarcação, uma pequena torre dá suporte a uma câmera. A propulsão do barco não-tripulado aparenta ser de um dispositivo convencional e não militar: um jet-ski. Na ponta, essas embarcações levam explosivos. A explosão ocorre por meio de detonadores de pressão retirados de bombas aéreas FAB-500, projetadas pelos soviéticos, de acordo com o Telegraph.

Essa não teria sido a primeira vez que esses equipamentos foram usados pelas tropas ucranianas contra forças russas no Mar Negro. Em abril, a Rússia disse ter repelido um ataque de três drones navais em sua frota ancorada no porto de Sevastopool. Nenhuma das embarcações russas foi completamente destruída, mas o episódio chamou a atenção para as máquinas da Marinha ucraniana.

Há ainda a possibilidade que tenham sido usados outros tipos de drones navais no ataque, segundo o site Mash, próximo à polícia russa. Gravações divulgadas pelo canal mostram que uma parte da ponte colapsou e outra começou a afundar nas águas do Estreito. Os investigadores afirmam terem encontrado vestígios de jet skis perto da área e afirmam que os ucranianos usaram drones explosivos submarinos na ação.

Em maio, a Ucrânia anunciou ter desenvolvido um drone submarino batizado de Toloka TLK-150. Projetado na forma de um pequeno torpedo, com 2,4 metros de comprimento, o drone leva uma carga explosiva. Por viajar abaixo da água, sua detectação seria mais difícil, o que o tornaria um desafio maior aos adversários russos. Não há confirmação até o momento que o dispositivo tenha sido empregado no conflito.

Com Agência o Globo. 

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