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Conte avisa que Itália revisará leis de imigração, mas pede ajuda da UE

Conte pediu à UE um enfoque "não emergencial, mas estrutural" para finalmente abordar o fenômeno da imigração

Conte: primeiro-ministro defendeu a implementação imediata de iniciativas concretas (Regis Duvignau/Reuters)

Conte: primeiro-ministro defendeu a implementação imediata de iniciativas concretas (Regis Duvignau/Reuters)

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EFE

Publicado em 9 de setembro de 2019 às 08h48.

Roma — O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, disse que o novo governo revisará as controversas leis de segurança que marcaram a agenda anti-imigração do antigo ministro do Interior, Matteo Salvini, mas pediu à União Europeia que seja realmente solidária e não apenas nas palavras.

"Vamos revisar as normas de segurança à luz das observações feitas pelo presidente da República (Sergio Mattarella)", disse Conte, em referência a alguns aspectos das normas anti-imigração consideradas inconstitucionais e contrárias aos direitos humanos.

No entanto, ele acrescentou: "Não podemos prescindir de uma solidariedade efetiva entre os Estados membros da União Europeia. Esta solidariedade foi anunciada, mas até agora ainda não foi realizada".

Em seu discurso na Câmara dos Deputados, para pedir a confiança parlamentar ao novo governo entre o anti-sistema Movimento 5 Estrelas e o social-democrata Partido Democrático, Conte pediu à UE um enfoque "não emergencial, mas estrutural" para finalmente abordar o fenômeno da imigração.

"Também através de uma legislação que persegue a luta contra o tráfico humano e a imigração ilegal, mas que aborde de maneira mais efetiva os problemas de integração para aqueles que têm o direito de ficar e repatriação para aqueles que não têm esse direito", afirmou.

"Apresentei esta visão aos principais líderes europeus com convicção e continuarei a fazê-lo", acrescentou o premier italiano.

Ele defendeu a implementação imediata de iniciativas concretas, como o "estabelecimento de corredores humanitários europeus".

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