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Consultor de Trump é investigado por laços com a Rússia

O Washington Post disse que suas fontes não identificaram a autoridade, que foi descrita como um consultor sênior da Casa Branca que é próximo de Trump

Trump na Casa Branca (Carlos Barria/Reuters)

Trump na Casa Branca (Carlos Barria/Reuters)

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Reuters

Publicado em 19 de maio de 2017 às 17h45.

Última atualização em 19 de maio de 2017 às 20h53.

Washington - Um consultor sênior da Casa Branca é uma pessoa de interesse significativo na investigação sobre possíveis laços entre a campanha eleitoral do presidente Donald Trump e a Rússia, informou o jornal Washington Post nesta sexta-feira, citando pessoas familiares à questão.

O Post relatou que suas fontes não identificaram a autoridade, mas a descreveram como uma pessoa próxima ao presidente Trump.

A reportagem foi publicada num momento em que Trump viajava para a Arábia Saudita na primeira etapa de uma viagem ao exterior, que a Casa Branca espera distanciar a atenção da tempestade política gerada pela demissão na semana passada do ex-diretor do FBI James Comey.

Comey estava liderando a investigação sobre possível interferência russa na eleição presidencial norte-americana de 2016 e possíveis laços com a campanha de Trump.

Sua demissão e relatos de que Trump havia anteriormente pedido para Comey parar de investigar o ex-assessor de segurança nacional Michael Flynn fizeram com que críticos acusassem Trump de ter buscado indevidamente impedir a investigação do FBI.

"Como o presidente afirmou anteriormente - uma investigação minuciosa irá confirmar que não houve envolvimento entre a campanha e qualquer entidade estrangeira", disse o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, em comunicado, em resposta à reportagem do Post.

Após dias de agitação em Washington, o Departamento de Justiça anunciou a nomeação na quinta-feira de um conselheiro especial para investigar a interferência russa na eleição de 2016 e possível coordenação com a campanha de Trump.

Separadamente, o New York Times informou nesta sexta-feira que Trump disse a autoridades russas em encontro na Casa Branca na semana passada que demitir Comey aliviou "grande pressão" que o presidente estava enfrentando da investigação em curso sobre a Rússia e a eleição.

"Eu acabei de demitir o chefe do FBI. Ele era louco, um verdadeiro maluco", disse Trump, de acordo com o Times, que citou um documento resumindo o encontro e lido por uma autoridade norte-americana. "Eu enfrentava grande pressão por causa da Rússia. Isto foi resolvido."

Trump se encontrou com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e o embaixador da Rússia em Washington no Salão Oval da Casa Branca no dia seguinte à demissão de Comey.

O Times informou que o documento era baseado em notas tomadas de dentro do Salão Oval. A Reuters não pôde verificar imediatamente a precisão da reportagem do Times.

A reportagem do Times acrescentou à impressão dada por Trump em entrevista televisionada na semana passada, na qual disse que a questão russa foi um fator na demissão de Comey, embora a Casa Branca tenha dado versões diferentes sobre as razões da demissão.

Perguntado sobre a reportagem do Times, Spicer disse sobre o ex-chefe do FBI: "Ao buscar atenção e politizar a investigação sobre ações da Rússia, James Comey criou pressão desnecessária em nossa capacidade em nos envolver e negociar com a Rússia".

"A investigação teria sempre continuado, e obviamente, a demissão de Comey não teria terminado com a investigação", disse Spicer.

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