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Consulado de Cuba nos EUA fica com 1 funcionário após expulsões

O chanceler Bruno Rodríguez denunciou a "situação de extraordinária precariedade" da sede diplomática após a expulsão da maioria dos trabalhadores

Bruno Rodríguez: "A situação do consulado de Cuba nos EUA é de extraordinária precariedade" (Alexandre Meneghini/Reuters)

Bruno Rodríguez: "A situação do consulado de Cuba nos EUA é de extraordinária precariedade" (Alexandre Meneghini/Reuters)

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EFE

Publicado em 3 de outubro de 2017 às 19h18.

Havana - O consulado de Cuba nos Estados Unidos ficará com apenas um funcionário para atender a grande comunidade local, adiantou nesta terça-feira o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, que denunciou a "situação de extraordinária precariedade" da sede diplomática após a expulsão da maioria dos trabalhadores.

Rodríguez criticou também a decisão do Departamento de Estado dos EUA de reduzir drasticamente o número de diplomatas na Embaixada americana em Havana após supostos "ataques acústicos" e apontou os efeitos negativos sobre as relações entre ambos os países, restabelecidas em julho de 2015 após mais de meio século de inimizade.

"Como poderá ser avaliado o impacto nos temas de reunificação familiar e concessão de vistos se cortarem bruscamente e de maneira quase total os serviços consulares em Havana e Washington?", questionou o chefe da diplomacia cubana à imprensa.

Fontes da chancelaria da ilha confirmaram à Agência Efe que após o iminente retorno dos diplomatas, em um prazo de 15 dias, continuarão em Washington apenas oito dos 23 funcionários que trabalhavam originalmente na sede cubana, reaberta há pouco mais de dois anos.

"A situação do consulado de Cuba nos EUA é de extraordinária precariedade. A partir da decisão de retornar o pessoal, ficou um só funcionário consular em Washington", comentou Rodríguez.

Segundo o chanceler, isso "lamentavelmente" se repetirá em Havana, onde a Embaixada americana suspendeu indefinidamente os trâmites de solicitação de visto e manterá apenas os serviços para casos de emergência.

O chanceler negou categoricamente a participação de Cuba nos supostos "ataques acústicos" contra diplomatas americanos e suas famílias em seu território, o que os EUA usaram como pretexto para retirar dois terços dos diplomatas da ilha sem "provas conclusivas".

"A prioridade está na segurança, no conforto do pessoal americano exterior. Se o governo dos Estados Unidos aplicasse estes padrões para o serviço exterior, teria de estar fechando dezenas de embaixadas no mundo todo agora", criticou.

Rodríguez afirmou "categoricamente" que "desde a criação do Escritório de Interesses de Cuba em Washington (1977) até este minuto os funcionários diplomatas cubanos jamais realizaram nem realizam atividades de inteligência".

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