Mundo

Construtora Andrade Gutierrez será sócia de Belo Monte

Derrotada no leilão da usina de Belo Monte, a construtora Andrade Gutierrez vai entrar no negócio como sócia; assinatura do contrato de concessão com o governo está prevista para 26 de agosto

Região do Rio Xingu onde deverá ser construída a Usina de Belo Monte (.)

Região do Rio Xingu onde deverá ser construída a Usina de Belo Monte (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Brasília - Derrotada no leilão da usina de Belo Monte (PA), em abril, a construtora Andrade Gutierrez vai entrar no negócio como sócia, após os atuais cotistas assinarem o contrato de concessão com o governo. A assinatura está prevista para 26 de agosto. Na última semana de setembro, deve ser concedida a licença prévia do canteiro da obra.

Segundo três fontes - duas do governo e uma do mercado -, as negociações incluem fazer da Andrade Gutierrez uma das empresas que vão liderar o processo de construção da usina, que terá capacidade máxima de 11.200 megawatts (MW). Também haverá novos sócios autoprodutores. A Andrade Gutierrez vem argumentando que, mesmo que os sócios do projeto decidam contratar um pool de empreiteiras, é importante haver uma grande empresa liderando a construção. Além dela e das construtoras que já integravam a Sociedade de Propósito Específico (SPE), a Odebrecht e a Camargo Corrêa estão na disputa pelo contrato da obra, avaliado pelo governo em cerca de R$ 19 bilhões.

A empresa disputou o leilão de Belo Monte com participação de 12,75% no consórcio Belo Monte Energia, que tinha como sócios Vale, Neoenergia, Companhia Brasileira de Alumínio, Furnas e Eletrosul. O grupo, que foi derrotado pelo consórcio Norte Energia, liderado pela estatal Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco), alegou que o preço vencedor, de R$ 77,97 por MWh, era baixo.

Por ter perdido o leilão, a Andrade Gutierrez terá de adquirir participação societária nas 18 empresas que hoje formam a sociedade (SPE) - o que só pode ocorrer depois da assinatura do contrato de concessão. Segundo uma fonte que acompanha as negociações, há duas possibilidades: a Andrade poderia comprar participação de alguma das companhias que detêm fatias menores na sociedade ou adquirir parte das cotas do grupo Eletrobras. Somando as participações da Chesf, da Eletronorte e da holding Eletrobras, o grupo estatal possui 49,98% do projeto.

Os demais atuais sócios do projeto dividem-se da seguinte maneira: Petros (10%), Bolzano Participações (fundo formado Previ e Iberdrola, com 10%), Funcef (2,5%), Caixa FI Cevix (parceria da Funcef com Engevix, com 5%), J. Malucelli Energia (0,25%), Gaia (9%), Sinobrás (1%), Queiroz Galvão (2,51%), OAS (2,51%), Contern Construções (1,25%), Cetenco Engenharia (1,25%), Galvão Engenharia (1,25%), J. Malucelli Construtora (1%), Mendes Júnior (1,25%) e Serveng (1,25%).

A OAS entrou na SPE depois do leilão, junto com os fundos de pensão. Ao se tornar sócia, com 2,51%, virou candidata natural a conseguir um pedaço do contrato da obra. A tendência, segundo as duas fontes do governo, é de que ela também tenha papel relevante na construção de Belo Monte.

Leia mais notícias sobre Belo Monte

Siga as notícias do site Exame sobre Meio Ambiente no Twitter
 

Acompanhe tudo sobre:Andrade GutierrezBelo MonteConstrução civilEmpresasEmpresas brasileirasEnergia elétricaHoldingsIndústriaIndústrias em geralUsinas

Mais de Mundo

Manifestação reúne milhares em Valencia contra gestão de inundações

Biden receberá Trump na Casa Branca para iniciar transição histórica

Incêndio devastador ameaça mais de 11 mil construções na Califórnia

Justiça dos EUA acusa Irã de conspirar assassinato de Trump; Teerã rebate: 'totalmente infundado'