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Constituinte vai investigar crimes políticos desde governo Chávez

As apurações acontecem no âmbito da "Comissão da Verdade", proposta pelo presidente Nicolás Maduro

Hugo Chávez: na reunião, foi aprovada a lei que cria a "Comissão da Verdade" (Jorge Silva/Reuters)

Hugo Chávez: na reunião, foi aprovada a lei que cria a "Comissão da Verdade" (Jorge Silva/Reuters)

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AFP

Publicado em 8 de agosto de 2017 às 20h40.

A Assembleia Constituinte vai investigar os casos de violência política ocorridos na Venezuela desde 1999, quando Hugo Chávez assumiu o poder, anunciou a presidente Delcy Rodríguez.

As apurações acontecem no âmbito da "Comissão da Verdade", proposta pelo presidente Nicolás Maduro, para estabelecer responsabilidades por crimes com fins políticos.

"É um instrumento muito poderoso para determinar a verdade, as responsabilidades políticas e morais daqueles que, amparados por poderes imperiais e poderes factuais, se dedicam desde 1999 a subverter o estado de direito", disse Rodríguez durante a segunda sessão da Constituinte.

Na reunião, foi aprovada a lei que cria a "Comissão da Verdade".

Rodríguez afirmou ainda que esse tribunal, presidido por ela, representa um "passo histórico", ainda que a oposição tema uma "caça às bruxas".

"Vai ser um tribunal de inquisição para perseguir quem pensar diferente", denunciou a parlamentar Delsa Solórzano.

A pedido do membro da Constituinte e líder chavista Diosdado Cabello, os poderes públicos e demais instituições serão obrigados a colaborar com as investigações.

"Toda pessoa que deixe de cumprir as obrigações de colaborar ou que crie obstáculos a elas será culpada de infrações", alertou Cabello.

Maduro pediu, em particular, a investigação dos "crimes da direita" - como se refere à oposição - durante os protestos contra ele que deixaram cerca de 125 mortos em quatro meses.

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