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Consórcio reinicia obras de ampliação do Canal do Panamá

Trabalhadores retornarão ao canteiro de obras após uma paralisação de mais de duas semanas

Barco de carga espera para entrar no Canal do Panamá ao lado de um canteiro de obras do projeto de expansão, nos arredores de Colon City, no Panamá (Carlos Jasso/Reuters)

Barco de carga espera para entrar no Canal do Panamá ao lado de um canteiro de obras do projeto de expansão, nos arredores de Colon City, no Panamá (Carlos Jasso/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2014 às 21h18.

Cidade do Panamá - Um consórcio liderado por uma empresa espanhola retomou as obras de expansão do Canal do Panamá nesta quinta-feira, aumentando as esperanças de que acabe uma disputa financeira sobre custos adicionais bilionários.

Conforme os trabalhadores retornavam ao canteiro de obras após uma paralisação de mais de duas semanas, uma fonte próxima ao consórcio liderado pela construtora espanhola Sacyr e a italiana Salini Impregilo disse que divergências internas sobre a questão-chave de financiamento haviam sido resolvidas.

"O reinício das obras está sendo feito de uma forma que permita atingir o ritmo pleno no menor tempo possível", disse o consórcio em comunicado. Uma fonte próxima às negociações entre o consórcio e a Autoridade do Canal do Panamá (ACP) confirmou a retomada das obras.

A autoridade que administra o canal disse na noite de quarta-feira que tinha entrado em acordo com o consórcio para resolver uma série de questões pendentes, incluindo as datas de entrega de enormes eclusas que estão sendo construídas na Europa.

Fontes com conhecimento das negociações disseram que um acordo final sobre essas questões deverá ser assinado dentro de três dias.

As partes concordaram em lidar com a principal questão da disputa, sobre quem deve assumir os custos adicionais de 1,6 bilhão de dólares do projeto, via arbitragem. O consórcio quer que a ACP pague o montante.

O canal afirmou que a paralisação de duas semanas significa que o projeto não será concluído até pelo menos dezembro de 2015, um atraso que poderá custar milhões de dólares.

O impasse também assumiu dimensões diplomáticas e mantém em alerta várias empresas, principalmente norte-americanas, que investiram em navios e portos diante da perspectiva de aumento do fluxo comercial da rota que une os oceanos Pacífico e Atlântico.

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