Atenas - O líder dos conservadores gregos, Vangelis Meimarakis, acusou nesta segunda-feira o primeiro-ministro, Alexis Tsipras, de ter provocado eleições desnecessárias e lhe instou a aceitar o pedido da oposição para formar um governo de união nacional.

"O país avança rumo às eleições por responsabilidade pessoal de Alexis Tsipras", destacou Meimarakis em sua reunião com o presidente da República, Prokopis Pavlopoulos.

Meimarakis se reuniu com Pavlopoulos para devolver-lhe o mandato exploratório de formação de governo que lhe foi entregue na sexta-feira passada, depois que seus contatos com os demais líderes fracassaram.

O líder do partido Nova Democracia ressaltou que "o próprio Alexis Tsipras admitiu no parlamento que o risco de um 'grexit' (saída do país da zona do euro) ainda existe".

Por isso, expressou seu desejo de que "se evite o desastre nacional das eleições antecipadas, porque provocarão novas medidas dolorosas".

Meimarakis comentou que há tempo para o entendimento nacional e a formação de outro governo com o apoio da maioria arrasadora do parlamento e destacou que "nunca houve tal amplo apoio da oposição ao governo desde a queda da ditadura".

"O próximo governo, seja qual for, deverá tomar novas medidas dolorosas, que o governo que renunciou já debateu no último Eurogrupo", destacou o líder conservador, pedindo a Tsipras para explicar "quais serão estas medidas".

Pavlopoulos entregará hoje a Panayotis Lafazanis, líder do Unidade Popular, o partido nascido na semana passada da cisão do Syriza, o mandato de formação de governo.

Se não conseguir, como se prevê, o presidente da República convocará uma reunião dos líderes políticos para explorar a possibilidade de formar um governo de amplo apoio e, se isso não for possível, formar um Executivo interino para realizar as eleições antecipadas.