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Conselho ordena estupro coleto de jovem como castigo

Na Índia, uma mulher de 20 anos foi estuprada em grupo pelos membros de um conselho tribal como castigo


	Mulheres protestam contra estupro na Índia: muitos povoados da Índia mantêm um sistema de conselhos rurais que fazem justiça com as próprias mãos
 (Utpal Baruah/Reuters)

Mulheres protestam contra estupro na Índia: muitos povoados da Índia mantêm um sistema de conselhos rurais que fazem justiça com as próprias mãos (Utpal Baruah/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2014 às 07h46.

Nova Deli - Uma mulher de 20 anos foi estuprada em grupo pelos membros de um conselho tribal como castigo por manter uma relação com um homem de outra cidade em um povoado do leste da Índia, informou nesta quinta-feira a polícia.

As forças de segurança detiveram 13 homens supostamente envolvidos com o crime, que ocorreu na noite da segunda-feira em Labhpur, na província de Bengala, disse o superintendente da polícia Prashanta Chowdhury à agência "PTI".

O chefe do povoado e outros homens organizaram um conselho tribal para "julgar" a mulher e o homem, que estava em sua casa.

O tribunal informal ordenou o pagamento de 25 mil rúpias (US$ 400) para cada um dos jovens, que não tinham a quantia estipulada. O conselho decidiu então estuprar a jovem como castigo.

"O chefe da tribo ordenou que eu fosse desfrutada pelos homens da cidade. Seguindo suas ordens, pelo menos 10 ou 12 pessoas, entre eles vários membros de uma mesma família, me estupraram. Perdi a conta de quantas vezes fizeram isso", declarou a jovem à emissora "NDTV".

Muitos povoados da Índia mantêm um sistema de conselhos rurais que fazem justiça com as próprias mãos.

Suas decisões se baseiam em tradições que diante da justiça indiana são inaceitáveis, como os "crimes de honra", a proibição de casamentos entre pessoas do mesmo povoado ou condenações de exílio.

Informações sobre estupros na Índia são divulgadas frequentemente na imprensa indiana. A situação começou a perturbar a população a partir do estupro em grupo e morte de uma estudante universitária, em Nova Deli, em 16 de dezembro de 2012.

O crime provocou protestos e um debate sem precedentes sobre a situação da mulher no país asiático, o que levou o governo a endurecer as leis contra as agressões sexuais. 

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