Mundo

Conselho islâmico tailandês proíbe casamento de menores de 17 anos

A lei da Tailândia, país de maioria budista, considera legal o casamento a partir dos 17 anos com consentimento paterno

Bangkok, Tailândia (Prasit Rodphan/Divulgação)

Bangkok, Tailândia (Prasit Rodphan/Divulgação)

E

EFE

Publicado em 15 de dezembro de 2018 às 08h37.

Bangcoc - O Conselho Islâmico da Tailândia emitiu uma ordem que proíbe o casamento de menores de 17 anos, após a controvérsia criada este ano por causa da união de uma menina de 11 anos com um homem que tinha quatro vezes a sua idade.

A ordem entrou em vigor depois que foi anunciada em todas as mesquitas do país durante a prece de sexta-feira, segundo disse um membro do conselho, Wisut Binaleth, ao portal "Benar News".

A nova norma, que aumenta em dois anos a idade mínima para se casar, estabelece que as mesquitas não podem autorizar bodas de menores de 17 anos a menos que um tribunal islâmico o autorize ou que os pais o permitam por escrito e comuniquem ao comitê provincial islâmico ou à Polícia.

A lei da Tailândia, país de maioria budista, considera legal o casamento a partir dos 17 anos com consentimento paterno ou a partir dos 15 com uma autorização judicial.

Esta legislação não se aplica em quatro províncias de maioria malaio-muçulmana do extremo sul do país onde os tribunais islâmicos prevalecem sobre o código civil em assuntos familiares e de heranças, fazendo com que o casamento de menores seja uma prática habitual.

A Malásia anunciou no mês passado reformas para endurecer os critérios para permitir os casamentos de menores, para os quais sob o consentimento de um tribunal islâmico não existe uma idade mínima legal.

O anúncio do governo malaio veio depois da polêmica gerada em julho quando se soube que um homem de 41 anos, casado com duas mulheres do norte do país, tinha se casado com uma menina de 11 anos de uma província do sul da Tailândia.

Acompanhe tudo sobre:CasamentoCriançasTailândia

Mais de Mundo

Putin sanciona lei que anula dívidas de quem assinar contrato com o Exército

Eleições no Uruguai: Mujica vira 'principal estrategista' da campanha da esquerda

Israel deixa 19 mortos em novo bombardeio no centro de Beirute

Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA