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Conselho de Segurança da ONU fará reunião urgente sobre sudoeste da Síria

Na região, ofensiva do Exército nacional contra grupos rebeldes, apoiada pela Rússia, provocou o êxodo de 300 mil pessoas, segundo fontes diplomáticas

Síria: apesar da contínua chegada de milhares de refugiados do país, Jordânia e Israel mantêm suas fronteiras fechadas (Omar Sanadiki/Reuters)

Síria: apesar da contínua chegada de milhares de refugiados do país, Jordânia e Israel mantêm suas fronteiras fechadas (Omar Sanadiki/Reuters)

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AFP

Publicado em 3 de julho de 2018 às 20h52.

O Conselho de Segurança se reunirá de urgência na quinta-feira (5) pela manhã para abordar a situação no sudoeste da Síria, onde uma ofensiva do Exército nacional contra grupos rebeldes, apoiada pela Rússia, provocou o êxodo de 300 mil pessoas, segundo fontes diplomáticas.

A reunião foi solicitada pela Suécia, que preside em julho o organismo da ONU, e pelo Kuwait, assegurou nesta terça-feira (3) a equipe diplomática sueca. De acordo com a organização internacional, entre 270 mil e 330 mil sírios fugiram desde 19 de junho pelos bombardeios que ainda continuam.

Durante a reunião de quinta-feira, a Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (Ocha) fará um relatório para os 15 membros do Conselho de Segurança sobre a situação humanitária na província de Daraa, fronteiriça com a Jordânia.

O agravamento da situação reflete "um novo fracasso das partes em conflito para proteger os civis e a infraestrutura civil", assinalou a missão sueca. "Os esforços deveriam se intensificar para reduzir a violência e permitir que um comboio humanitário da ONU, bloqueado na fronteira jordaniana, entregue seu carregamento o mais rápido possível", acrescentou a mesma fonte.

Apesar da contínua chegada de milhares de refugiados, Jordânia e Israel mantêm até agora suas fronteiras fechadas.

A Jordânia, que tem quase 650 mil refugiados sírios registrados na ONU, explicou que não tem capacidade para receber mais.

Em sua entrevista coletiva diária, Farhan Haq, porta-voz adjunto da ONU, destacou que "continuavam os intensos bombardeios aéreos e terrestres em vários locais da província síria de Daraa".

Isso se traduziu em "civis mortos e feridos, e no maior deslocamento de população na região desde que o conflito começou", detalhou.

"Nossos colegas humanitários estimam que o número de pessoas deslocadas vai de entre 270 mil a 330 mil, dos quais 60 mil estão no ponto fronteiriço de Nasib/Jaber", acrescentou Haq, destacando que a situação se agravou pelos "ventos de areia e temperaturas de até 45 graus".

 

 

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