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Conselho de Segurança da ONU exige trégua na Síria

Membros do Conselho devem votar uma proposta que estabelece trégua de 30 dias e acesso semanal de comboios humanitários da ONU a áreas necessitadas

Guerra na Síria (Bassam Khabieh/Reuters)

Guerra na Síria (Bassam Khabieh/Reuters)

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EFE

Publicado em 22 de fevereiro de 2018 às 06h46.

Nações Unidas - O Conselho de Segurança da ONU votará nesta semana, previsivelmente nesta quinta-feira, uma proposta de resolução para decretar uma trégua de 30 dias na Síria, após os promotores da iniciativa terem dado o último passo prévio nesta quarta-feira.

Kuwait e Suécia, responsáveis pelo dossiê humanitário sírio no Conselho, deram o texto por fechado hoje e solicitaram uma votação "assim que possível", segundo disseram fontes diplomáticas. O mais provável é que a votação aconteça nesta quinta-feira, embora ainda não tenha sido incluída na agenda oficial.

Se a votação não ocorrer na quinta-feira, deverá acontecer na sexta-feira, segundo os prazos habituais com os quais opera o Conselho de Segurança.

O texto, que é negociado há dias, busca uma cessação das hostilidades em toda a Síria durante um mês e estabelece que, 48 horas após o seu início, seja permitido o acesso semanal de comboios humanitários da ONU a áreas necessitadas.

Dois dias depois, serão facilitadas as evacuações médicas de zonas às quais as Nações Unidas não têm acesso. A medida também exige a suspensão dos assédios sobre várias áreas, incluindo o enclave rebelde de Ghouta Oriental, nos arredores de Damasco, que é alvo de uma dura ofensiva governamental.

A Rússia, pelo menos em um primeiro momento, se mostrou contrária a esta iniciativa ao considerar que era pouco realista e que os "terroristas" combatidos pelo regime de Damasco não respeitarão uma trégua. Moscou, o principal aliado do governo sírio na ONU, tem direito de veto no Conselho de Segurança.

Sem esperar a votação da resolução, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu hoje uma "suspensão imediata" das hostilidades em Ghouta Oriental, perante a "tragédia humana" que ocorre no local.

"Estou profundamente entristecido pelo sofrimento da população civil em Ghouta Oriental, 400 mil pessoas vivem o inferno na terra", disse Guterres ao Conselho de Segurança.

A Rússia, enquanto isso, pediu hoje que o Conselho realize uma sessão a porta aberta para discutir a situação em Ghouta Oriental na quinta-feira.

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