Míssil: os EUA levaram o assunto para a pauta apoiados por Japão e Coreia do Sul (KCNA / Reuters)
Da Redação
Publicado em 24 de agosto de 2016 às 21h24.
Nações Unidas - O Conselho de Segurança da ONU analisou nesta quarta-feira o último teste com mísseis balísticos da Coreia do Norte em reunião a portas fechadas e manteve silêncio à espera de que seus membros possam entrar em acordo sobre a resposta.
O presidente rotativo do Conselho de Segurança, o maio Dado Ramlan Ibrahim, explicou ao término do encontro que os Estados Unidos vão propor uma declaração aos demais países, que devem aceitá-la por unanimidade para que seja tornada oficial.
Segundo afirmou aos jornalistas, o tom geral da reunião foi de condenação do teste. As diferenças entre os países, sobretudo entre a China e as potências ocidentais, impediram, porém, que o principal órgão de decisão da ONU emitisse uma declaração pública.
Os EUA levaram o assunto para a pauta apoiados por Japão e Coreia do Sul, preocupados depois de a Coreia do Norte ter lançado pela primeira vez com sucesso um míssil balístico a partir de um submarino, em uma nova demonstração de suas capacidades militares.
O representante-adjunto da França na ONU, Alexis Lamek, disse aos jornalistas que seu país quer uma reação "rápida e firme" do Conselho de Segurança à nova violação das resoluções do órgão.
"É necessário. Quando se trata de armas de destruição em massa, não podemos nos permitir ser frágeis", afirmou Lamek.
O embaixador do Reino Unido na ONU, Peter Wilson, considerou que o novo teste norte-coreano deixa claro, mais uma vez, a disposição do país de ignorar as resoluções do Conselho de Segurança e confiou que todos os países-membros irão se unir para responder à ação.
Para o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o lançamento do míssil é "profundamente preocupante", segundo disse seu porta-voz, Stéphane Dujarric, que lembrou que o teste viola as resoluções impostas pelo Conselho de Segurança.
O diplomata sul-coreano avaliou que a Coreia do Norte voltou a desafiar a comunidade internacional e alertou que esse tipo de ação mina a paz e a estabilidade na região.