Nações Unidas/Bangui - O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas autorizou nesta quinta-feira a criação de uma força de manutenção da paz de cerca de 12.000 homens na República Centro-Africana, numa tentativa de acabar com a violência entre cristãos e muçulmanos que ameaça se tornar um genocídio.
O movimento Seleka, de maioria muçulmana, tomou o poder há um ano e começou a cometer abusos contra a população cristã, majoritária no país, o que desencadeou ondas de ataques de vingança que resultaram em milhares de mortes e o deslocamento de centenas de milhares de civis.
O Conselho de Segurança, de 15 membros, autorizou uma força da ONU, a ser conhecida como Minusca, de até 10.000 soldados, 1.800 policiais e 20 agentes carcerários. O conselho também autorizou a presença de tropas da França no país, uma antiga colônia francesa sem saída para o mar, para apoiar as forças de paz da organização.
A operação da ONU irá assumir em 15 de setembro o lugar da missão da União Africana, a Misca, uma força de 5.600 homens deslocada para o país em dezembro. O conselho quer que a força da ONU incorpore "o maior número possível de militares e policiais da Misca".
"Estou feliz com a chegada dos capacetes azuis porque a sua presença aqui vai trazer de volta a esperança para a população", disse o estudante de sociologia Jean Felix Keinam, de 31 anos, na capital, Bangui. "Nós vimos a Misca (e as tropas francesas) tentar restabelecer a segurança aqui, mas não conseguiram."
Os assassinatos continuaram entre cristãos e as comunidades muçulmanas cada vez mais isoladas na nação empobrecida de 4,6 milhões de pessoas, apesar da presença de 2.000 soldados franceses e das forças da UA. Uma força de 800 soldados da União Europeia está prevista para começar a chegar ao país em maio.
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1. Negócio lucrativo
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1/12 (Getty Images)
São Paulo – Todos os anos, o Stockholm International Peace Research Institute (
Sipri) lista as
maiores empresas em venda de armamento no mundo. Segundo o último relatório divulgado pelo instituto, as 100 maiores desse setor movimentaram cerca de 410 bilhões de dólares em 2011. Para algumas empresas, a
guerra realmente é vital para sua sobrevivência, pois é daí que vêm mais de 90% de seus negócios. Veja, a seguir, quais são as companhias que mais têm ganhado com os conflitos no mundo. Os números referem-se a 2011:
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2. Lockheed Martin
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2/12 (Getty Images)
Vendas de armamento: US$ 36,2 bilhões Peso nas vendas totais da companhia: 78% Lucro: US$ 2,6 bilhões O que produz para a guerra: aviões, mísseis, sistemas não tripulados e radares País: Estados Unidos
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3. Boeing
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3/12 (Getty Images)
Vendas de armamento: US$ 31,8 bilhões Peso nas vendas totais da companhia: 46% Lucro: US$ 4 bilhões O que produz para a guerra: aviões, armas, mísseis e sistemas de localização País: Estados Unidos
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4. BAE Systems
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4/12 (Getty Images)
Vendas de armamento: US$ 29,1 bilhões Peso nas vendas totais da companhia: 95% Lucro: US$ 2,3 bilhões O que produz para a guerra: aviões, veículos militares, mísseis, armas de pequeno porte, munições e navios País: Grã-Bretanha
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5. General Dynamics
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5/12 (Getty Images)
Vendas de armamento: US$ 23,7 bilhões Peso nas vendas totais da companhia: 73% Lucro: US$ 2,5 bilhões O que produz para a guerra: veículos militares, armas e munições, navios e artilharias em geral País: Estados Unidos
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6. Raytheon
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6/12 (Getty Images)
Vendas de armamento: US$ 22,4 bilhões Peso nas vendas totais da companhia: 90% Lucro: US$ 1,8 bilhão O que produz para a guerra: mísseis País: Estados Unidos
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7. Northrop Grumman
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7/12 (Getty Images)
Vendas de armamento: US$ 21,3 bilhões Peso nas vendas totais da companhia: 81% Lucro: US$ 2,1 bilhões O que produz para a guerra: aviões, mísseis e navios País: Estados Unidos
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8. EADS
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8/12 (Getty Images)
Vendas de armamento: US$ 16,3 bilhões Peso nas vendas totais da companhia: 24% Lucro: US$ 1,4 bilhão O que produz para a guerra: mísseis e aviões País: União Europeia
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9. Finmeccanica
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9/12 (Reprodução da web)
Vendas de armamento: US$ 14,5 bilhões Peso nas vendas totais da companhia: 60% Lucro: 0 O que produz para a guerra: aviões, artilharia, veículos militares, mísseis e pequenas armas e munições País: Itália
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10. L-3 Communications
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10/12 (Reprodução da web)
Vendas de armamento: US$ 12,5 bilhões Peso nas vendas totais da companhia: 83% Lucro: US$ 956 milhões O que produz para a guerra: produtos eletrônicos País: Estados Unidos
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11. United Technologies
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11/12 (Getty Images)
Vendas de armamento: US$ 11,6 bilhões Peso nas vendas totais da companhia: 20% Lucro: 5,3 bilhões O que produz para a guerra: aviões e motores País: Estados Unidos
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12. Agora, veja 10 empresas brasileiras de defesa e armamento
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12/12 (Divulgação/Embraer)