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Conselho de Segurança aprova envio de força de paz à RCA

ONU aprovou a criação de uma força de manutenção da paz de cerca de 12.000 homens na República Centro-Africana


	Soldados franceses montam guarda na capital da República Centro-Africana, Bangui: força de paz tentará acabar com a violência entre cristãos e muçulmanos
 (Siegried Modola/Reuters)

Soldados franceses montam guarda na capital da República Centro-Africana, Bangui: força de paz tentará acabar com a violência entre cristãos e muçulmanos (Siegried Modola/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2014 às 17h39.

Nações Unidas/Bangui - O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas autorizou nesta quinta-feira a criação de uma força de manutenção da paz de cerca de 12.000 homens na República Centro-Africana, numa tentativa de acabar com a violência entre cristãos e muçulmanos que ameaça se tornar um genocídio.

O movimento Seleka, de maioria muçulmana, tomou o poder há um ano e começou a cometer abusos contra a população cristã, majoritária no país, o que desencadeou ondas de ataques de vingança que resultaram em milhares de mortes e o deslocamento de centenas de milhares de civis.

O Conselho de Segurança, de 15 membros, autorizou uma força da ONU, a ser conhecida como Minusca, de até 10.000 soldados, 1.800 policiais e 20 agentes carcerários. O conselho também autorizou a presença de tropas da França no país, uma antiga colônia francesa sem saída para o mar, para apoiar as forças de paz da organização.

A operação da ONU irá assumir em 15 de setembro o lugar da missão da União Africana, a Misca, uma força de 5.600 homens deslocada para o país em dezembro. O conselho quer que a força da ONU incorpore "o maior número possível de militares e policiais da Misca".

"Estou feliz com a chegada dos capacetes azuis porque a sua presença aqui vai trazer de volta a esperança para a população", disse o estudante de sociologia Jean Felix Keinam, de 31 anos, na capital, Bangui. "Nós vimos a Misca (e as tropas francesas) tentar restabelecer a segurança aqui, mas não conseguiram."

Os assassinatos continuaram entre cristãos e as comunidades muçulmanas cada vez mais isoladas na nação empobrecida de 4,6 milhões de pessoas, apesar da presença de 2.000 soldados franceses e das forças da UA. Uma força de 800 soldados da União Europeia está prevista para começar a chegar ao país em maio.

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