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Conselho da AIEA adota resolução condenando o Irã

O texto expressa uma "séria preocupação de que o Irã continue a desafiar as resoluções do Conselho de Segurança para que suspenda o enriquecimento de urânio"

O chefe da AIEA, Yukiya Amano: a AIEA afirmou que a capacidade de enriquecimento na usina de Fordo (centro) se duplicou (©AFP / Alexander Klein)

O chefe da AIEA, Yukiya Amano: a AIEA afirmou que a capacidade de enriquecimento na usina de Fordo (centro) se duplicou (©AFP / Alexander Klein)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2012 às 17h46.

Viena - O Conselho dos Governadores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) adotou nesta quinta-feira uma resolução condenando o Irã por seu polêmico programa nuclear, principalmente pelo aumento contínuo de seu enriquecimento de urânio, indicaram diplomatas.

A resolução, elaborada pelas grandes potências, foi adotada por maioria de 31 votos dos 35 membros do conselho, reunidos a portas fechadas nesta semana na sede da AIEA em Viena. Cuba votou contra, enquanto Equador, Egito e Tunísia se abstiveram, segundo as mesmas fontes.

O texto expressa uma "séria preocupação de que o Irã continue a desafiar as resoluções do Conselho de Segurança para que suspenda o enriquecimento de urânio".

Em seu último relatório, a AIEA, com sede em Viena, afirmou que a capacidade de enriquecimento na usina de Fordo (centro) se duplicou, o que demonstra que o Irã continua fazendo caso omisso das resoluções da ONU que pedem sua suspensão.

Uma cooperação da República Islâmica com a AIEA é "essencial e urgente para restaurar a confiança internacional no caráter puramente pacífico do programa nuclear iraniano, enfatiza o grupo 5+1 (Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido, França e Alemanha) neste texto.

Também insiste em seu desejo de encontrar uma solução diplomática para este caso, em um momento em que Israel exige dos Estados Unidos mais firmeza neste assunto e há meses ameaça com um ataque militar.

O exame da resolução acabou sendo mais complexo que o que se previa devido ao fato de que a África do Sul, membro do Movimento dos Países Não-alinhados, presidido atualmente pelo Irã, apresentou uma emenda sobre a forma do texto.

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