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Conselheiro turco que falou em genocídio armênio deixa cargo

Etyen Mahcupyan, de 65 anos, "se aposentou, ao ter alcançado o limite de idade", anunciou à AFP uma fonte governamental

Ahmet Davutoglu: conselheiro próximo de Davutoglu deixou o cargo após classificar como genocídio o massacre de armênios (Adem Altan/AFP)

Ahmet Davutoglu: conselheiro próximo de Davutoglu deixou o cargo após classificar como genocídio o massacre de armênios (Adem Altan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de abril de 2015 às 11h34.

Ancara - Um conselheiro próximo de origem armênia do primeiro-ministro turco, Ahmed Davutoglu, deixou suas funções dias depois de ter declarado à imprensa que os massacres de armênios lançados pelo Império Otomano em 1915 constituíram um genocídio.

Etyen Mahcupyan, de 65 anos, "se aposentou, ao ter alcançado o limite de idade", anunciou à AFP uma fonte governamental, que desmentiu qualquer vínculo entre sua partida e as tensões político-históricas que agitam a Turquia pouco antes do centenário dos acontecimentos de 1915, no dia 24 de abril.

"Sua saída não tem nada a ver com as declarações que fez", acrescentou esta fonte, que pediu o anonimato.

Em uma entrevista nesta semana a um site, Mahcupyan classificou de genocídio o massacre de centenas de milhares de armênios, cidadãos do Império Otomano, durante a Primeira Guerra Mundial.

"Se aceitarmos que o que ocorreu na Bósnia e na África constituem genocídios, é impossível não chamar igualmente de 'genocídio' o que aconteceu com os armênios em 1915", declarou.

A Turquia nega categoricamente que o Império Otomano tenha organizado o massacre de sua população armênia de forma sistemática durante a Primeira Guerra Mundial e rejeita o termo genocídio".

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