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Congresso peruano acusará ex-presidente por tráfico de influência

Ollanta Humala e o ex-ministro Pedro Cateriano também são suspeitos de associação ilícita por irregularidades nas ascensões dentro das forças armadas

Ollanta Humala: o ex-presidente governou o Peru entre 2011 e 2016 (foto/AFP)

Ollanta Humala: o ex-presidente governou o Peru entre 2011 e 2016 (foto/AFP)

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EFE

Publicado em 16 de junho de 2017 às 16h36.

Última atualização em 16 de junho de 2017 às 22h09.

Lima - O plenário do Congresso do Peru aprovou a formulação de uma acusação constitucional contra o ex-presidente Ollanta Humala e seu ex-ministro Pedro Cateriano pelos supostos delitos de tráfico de influência e associação ilícita por supostas irregularidades nas ascensões dentro das forças armadas.

A acusação constitucional é uma recomendação feita à comissão permanente do parlamento pela Comissão de Defesa Nacional e Ordem Interna, cujo relatório aprovado no plenário resume as investigações feitas sobre as ascensões e aposentadorias de militares durante o mandato de Humala.

O Congresso, onde o opositor partido fujimorista Força Popular tem maioria absoluta, aprovou o relatório na última hora de quinta-feira por 85 votos a favor, nenhum contra e sete abstenções.

O documento também recomendou o envio de uma cópia das indagações do Congresso à procuradoria, para esta que inicie uma investigação preliminar contra o ex-ministro de Defesa, Jakke Valakivi, e o ex-assessor presidencial, Adrián Villafuerte, pelos supostos delitos de tráfico de influências e associação ilícita.

Segundo explicou a congressista Luciana León, presidente da Comissão de Defesa Nacional e Ordem Interna, "Humala teria tido um interesse particular em ascender um grupo determinado de militares do seu entorno".

"Nos primeiros anos de governo de Humala se deu a nomeação como comandante geral do exército de Víctor Ripalda e Ricardo Moncada, que seriam do entorno muito próximo do ex-assessor Adrián Villafuerte", segundo se argumenta no relatório.

Ollanta Humala, que governou o Peru entre 2011 e 2016, chegou a ocupar o grau de tenente coronel do exército peruano e atualmente está sendo investigado por supostas torturas e execuções extrajudiciais em 1992.

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