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CNA, partido de Nelson Mandela, faz 100 anos

Milhares de pessoas foram neste domingo ao Estádio de Free State, na cidade sul-africana de Bloemfontein, para prestigiar a cerimônia principal do centenário do CNA

Comemoração pela eleição de Jacob Zuma, em 2009, que contou com a presença de Mandela (centro) (Getty Images)

Comemoração pela eleição de Jacob Zuma, em 2009, que contou com a presença de Mandela (centro) (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2013 às 13h16.

Johanesburgo - O Congresso Nacional Africano (CNA), partido do ex-presidente e Prêmio Nobel da Paz, Nelson Mandela, comemora 100 anos neste domingo, instalado no governo da África do Sul desde as primeiras eleições democráticas de 1994, após décadas de luta contra o regime de segregação racial do apartheid.

Milhares de pessoas foram neste domingo ao Estádio de Free State, na cidade sul-africana de Bloemfontein, para prestigiar a cerimônia principal do centenário do CNA, que contará com a participação do presidente da África do Sul, Jacob Zuma.

No sábado à noite, os dirigentes do partido, acompanhados do arcebispo emérito Desmond Tutu - também Prêmio Nobel da Paz - e 14 chefes de Estado africanos, acenderam uma tocha na igreja de Wesley, em Bloemfontein, local onde há 100 anos o CNA foi fundado.

A tocha será levada neste domingo ao estádio - que tem capacidade para 48 mil pessoas - e viajará depois por todo o país nos diversos eventos que serão realizados ao longo deste ano.

Nelson Mandela, vice-presidente do CNA desde 1952 e presidente em 1991, levou o CNA ao governo da África do Sul em 1994, nas primeiras eleições democráticas após o regime de segregação racial imposto pela minoria branca desde 1948.

Mandela, hoje com 93 anos, não deve comparecer à comemoração do centenário do partido, da qual participarão membros de sua família, além de outros ex-presidentes da legenda.

Desde que foi criado, o CNA liderou a luta contra a dominação branca na África do Sul e, com seus escritórios no exterior, conseguiu chamar a atenção da comunidade internacional sobre o regime racista imposto no país.

Durante décadas de clandestinidade, o CNA chegou a contar com um braço armado, e seu apoio cresceu entre a população sul-africana nos guetos negros como Soweto, em Johanesburgo, onde Mandela se instalou após ser libertado da prisão de Robben Island, na Cidade do Cabo, em 1990.

O Congresso Nacional Africano governa a África do Sul há 18 anos, apoiado por uma ampla maioria, com mais de 60% dos votos.

Diversos chefes de Estado e partidos políticos internacionais parabenizaram o CNA pelo seu centenário e destacaram seu papel na luta pelos direitos humanos e pela igualdade racial. EFE

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