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Congresso dos EUA homenageia Martin Luther King

Homenagem ocorreu durante uma cerimônia pelos 50 anos da promulgação da histórica lei dos direitos civis

Líderes congressistas oram durante uma homenagem póstuma para Martin Luther King, no Capitólio (Jonathan Ernst/Reuters)

Líderes congressistas oram durante uma homenagem póstuma para Martin Luther King, no Capitólio (Jonathan Ernst/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2014 às 22h39.

O Congresso americano prestou uma homenagem póstuma nesta terça-feira ao Prêmio Nobel da Paz assassinado Martin Luther King e a sua mulher, Coretta Scott King, durante uma cerimônia pelos 50 anos da promulgação da histórica lei dos direitos civis.

Em 2004, os congressistas votaram uma resolução para conceder uma medalha de ouro ao casal King. Coretta receberia o prêmio, mas ela faleceu em 2006. Por isso, hoje, seus filhos receberam a homenagem na rotunda do Capitólio, em Washington.

"Graças a seus atos, seus discursos e seus escritos, criou-se um clima favorável para a aprovação da Lei sobre os Direitos Civis de 1964 (a Civil Rights Act) e da Lei sobre o Direito de Voto de 1965 (a Voting Rights Act)", declarou o representante democrata John Lewis, um dos líderes do movimento estudantil na década de 1960.

Inicialmente proposta pelo presidente John F. Kennedy, a Civil Rights Act foi adotada em 2 de julho de 1964, após meses de batalha no Senado, onde os legisladores do sul utilizaram todos os procedimentos de obstrução disponíveis.

Nesse mesmo dia, ao vivo pela televisão, o presidente democrata Lyndon Johnson promulgou a lei, proibindo a discriminação e a segregação racial nas escolas, no trabalho, em hotéis, restaurantes e em qualquer outro espaço público.

"Sem a liderança de Lyndon Johnson não estaríamos aqui onde estamos, e Barack Obama não seria presidente dos Estados Unidos", frisou Lewis.

A medalha de ouro do Congresso já foi concedida à opositora birmanesa Aung San Suu Kyi, ao astronauta Neil Armstrong, às vítimas dos atentados do 11 de Setembro de 2001 e às quatro jovens assassinadas no atentado à igreja de Birmingham, no estado do Alabama, em 1963. Esse foi um dos mais tristes e cruéis episódios da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos.

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