Militantes do Estado Islâmico (AFP)
Da Redação
Publicado em 29 de setembro de 2015 às 17h51.
Washington - Os esforços dos Estados Unidos para evitar o fluxo de combatentes estrangeiros à Síria e ao Iraque para unir-se ao Estado Islâmico (EI) "fracassaram", e nos primeiros nove meses de 2015 se uniram às fileiras jihadistas 7.000 estrangeiros, entre eles 250 americanos, afirmou nesta terça-feira o Congresso americano.
"Apesar dos esforços arranjados para deter o fluxo, fracassamos em grande medida para deter americanos que tentam viajar ao exterior para unir-se aos jihadistas", assinalou o relatório bipartidário encomendado pelo Comitê de Segurança Nacional da Câmara dos Representantes.
Entre janeiro e setembro de 2015, mais de 7.000 combatentes se integraram ao Estado Islâmico e, embora a maioria proceda do Oriente Médio e do norte da África, também estão incluídos 250 cidadãos americanos, dos quais 30% são mulheres, apontou o relatório.
Destes, as autoridades só conseguiram deter 28 antes que viajassem a Síria ou Iraque.
O relatório pede uma reforma completa da estratégia do governo americano para fazer frente "à maior convergência global de jihadistas da história".
Em entrevista coletiva, o presidente do comitê, Michael McCaul, representante republicano pelo Texas, ressaltou que esses dados indicam que "a ameaça está piorando, não melhorando" e que "estamos perdendo a batalha para evitar que americanos viajem ao campo de batalha".
"Mais importante ainda, carecemos de uma estratégia nacional para enfrentar este problema", acrescentou McCaul.
Desde 2011, as autoridades americanas calculam que mais de 30.000 combatentes estrangeiros engrossaram as fileiras do Estado Islâmico procedentes de mais de uma centena de países.