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Congresso dos EUA deve apresentar novo pacote de US$ 1 tri em estímulos

No fim de julho, vence o prazo para que os mais de 30 milhões de americanos que perderam seus empregos pelo coronavírus continuem a receber 600 dólares

CAFÉ NA CALIFÓRNIA PREPARA COMIDA PARA DELIVERY: crise nos EUA fez taxa de desemprego chegar a 11% e aumento no número de casos de coronavírus atrapalha retomada (Nathan Frandino/File Photo/Reuters)

CAFÉ NA CALIFÓRNIA PREPARA COMIDA PARA DELIVERY: crise nos EUA fez taxa de desemprego chegar a 11% e aumento no número de casos de coronavírus atrapalha retomada (Nathan Frandino/File Photo/Reuters)

CA

Carla Aranha

Publicado em 27 de julho de 2020 às 06h26.

Última atualização em 27 de julho de 2020 às 18h15.

O Partido Republicano deve apresentar nesta segunda-feira, 27, o novo pacote de estímulo fiscal para combater os efeitos econômicos da pandemia do coronavírus ao Congresso dos Estados Unidos. A expectativa é que a medida seja votada no início desta semana e possa chegar a 1,2 trilhão de dólares.

No final de julho, vence o prazo para que os mais de 30 milhões de americanos que perderam seus empregos por causa do coronavírus continuem a receber a ajuda mensal de 600 dólares, aprovada em março pelo Congresso. Na ocasião, foi liberado um pacote de 3 trilhões de dólares para salvar a economia e ajudar os americanos mais vulneráveis a sobreviver à crise.

O governo americano e os senadores republicanos passaram semanas desenhando o novo pacote. O secretário do Tesouro Americano, Steven Munchin, disse que, de acordo com a nova proposta, os americanos desempregados por causa da pandemia devem receber 1.200 dólares, em uma parcela única. A medida depende de aprovação do Congresso e a data para a liberação dos pagamentos ainda não foi definida.

O pacote prevê a transferência adicional de 500 dólares para famílias que tiverem filhos menores de 17 anos. No caso de famílias em que tanto o marido como a esposa perderam o emprego, o valor poderá chegar a mais de 2.400 dólares.

A taxa de desemprego nos Estados Unidos chegou a 15% no início da pandemia e caiu para 11% em junho. Mesmo assim, é um índice bastante alto para um país em que, até a eclosão da crise do coronavírus, tinha desemprego inferior a 4%. Hoje, há pelo menos 10 milhões de americanos a mais desempregados em relação a 2019.

Com o aumento do número de casos de coronavírus nos Estados Unidos, a retomada econômica ainda não parece algo palpável. Na última semana, cerca de 1,4 milhão de pessoas solicitaram a ajuda financeira do governo, ante de 1,3 milhão de pessoas na semana anterior. Os Estados Unidos já ultrapassaram a marca de 4 milhões de casos registrados de coronavírus e a economia continua em queda. A previsão é de uma retração de quase 6% do PIB este ano.

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