Mundo

Congresso do México aprova lei que legaliza a maconha

Para seu pleno funcionamento, o Executivo ainda precisa publicar o regulamento em um prazo máximo de 180 dias

Cannabis: ações sobem após Trump promover benefícios de saúde para idosos (André Stapff/Reuters)

Cannabis: ações sobem após Trump promover benefícios de saúde para idosos (André Stapff/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 10 de março de 2021 às 20h10.

A Câmara dos Deputados do México aprovou nesta quarta-feira uma lei que descriminalizará a maconha no país para uso recreativo, científico, médico e industrial, um marco em um país atormentado pela violência ligada aos cartéis de drogas.

A legislação, que deve retornar ao Senado para revisão e aprovação final, pode criar o maior mercado de cannabis do mundo em população.

Nos próximos dias, o Senado aprovará a lei que entrará em vigor assim que for publicada no Diário Oficial. Porém, para seu pleno funcionamento, o Executivo ainda precisa publicar o regulamento em um prazo máximo de 180 dias.

“Com isso, fica para trás a falsa avaliação de que cannabis é parte dos graves problemas de saúde pública do México. Ao contrário (...) a regulamentação proibicionista só conseguiu agravar o problema e gerou um aumento do tráfico de drogas e das mortes", disse a deputada Simey Olvera, do partido governista Morena.

“Hoje estamos fazendo história”, acrescentou a deputada, usando uma máscara de folhas de maconha.

Em novembro, o Senado aprovou a lei sobre a maconha. No entanto, a Câmara adiou a discussão da medida polêmica, argumentando que precisava de mais tempo para analisá-la.

No final de 2013, o Uruguai se tornou o primeiro país do mundo a legalizar a produção e a venda de maconha. Outros países da região como Argentina, Chile, Colômbia e Peru permitem o uso de cannabis medicinal.

Acompanhe tudo sobre:MéxicoDrogasMaconhaCidade do México

Mais de Mundo

Israel e Hamas aguardam a troca de mais 2.000 reféns após cessar-fogo

Macron forma novo governo após uma semana do anterior

Chefe militar de Israel cita "fracasso devastador" em outubro de 2023

Alckmin diz que Lula pediu a Trump suspensão do tarifaço de 40% enquanto Brasil e EUA negociam