Tragédia ocorreu no domingo passado com o incêndio de um depósito de armas e munição (Marc Hofer/AFP)
Da Redação
Publicado em 8 de março de 2012 às 20h44.
Brazzaville - O governo da República do Congo anunciou nesta quinta-feira que mais de 2,3 mil pessoas ficaram feridas por causa das explosões ocorridas no domingo passado durante o incêndio de um depósito de armas na capital do país, Brazzaville, enquanto cerca de 14 mil ficaram desabrigadas.
Os números foram divulgados nesta quinta-feira pelo ministro de Economia e Planejamento do Congo, Pierre Moussa, durante uma sessão parlamentar, na qual os deputados exigiram saber sobre a atual situação e os planos do governo para enfrentar os efeitos da tragédia.
Moussa, no entanto, negou-se a confirmar o número de mortos pelas explosões, que a imprensa local cifra em mais de 200, e limitou-se a revelar que o governo entregará cerca de R$ 10,5 mil a cada família afetada para cobrir suas necessidades imediatas.
O ministro anunciou também que, devido ao grande número de residências destruídas pelas explosões, serão construídas 5 mil casas na região de Kintele, no norte de Brazzaville, que se somam às 1 mil prometidas pelo governo de Israel no mesmo lugar.
Para realizar este plano de ajuda aos desabrigados, Moussa anunciou também a criação do Fundo de Reconstrução no Banque Congolaise de l'Habitat.
Devido ao elevado número de centros de ensino destruídos pelas explosões, que deixaram quase 1,5 mil estudantes universitários sem aulas, Moussa afirmou que as atividades acadêmicas serão transferidas à Universidade de Nganga Edouard, o que será pago com parte dos fundos do Estado.
Firmin Ayessa, porta-voz do governo da República do Congo, anunciou que os mortos nas explosões serão enterrados no sábado, dia em que termina o período de luto oficial.
A tragédia ocorreu no domingo passado com o incêndio de um depósito de armas e munição no bairro de Mpila, aparentemente causado por um curto-circuito, o que fez com que uma grande quantidade de mísseis, obuses e outros projéteis destruíssem a área residencial contígua.