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Confrontos no Sudão do Sul causam 500 mortes

Em entrevista à televisão estatal, ministro acrescentou ainda que 200 pessoas ficaram feridas


	Bandeira do Sudão: missão das Nações Unidas no Sudão do Sul, UNMISS, pediu hoje a todas as partes implicadas no conflito no país para que cessem a violência étnica
 (ASHRAF SHAZLY/Stringer)

Bandeira do Sudão: missão das Nações Unidas no Sudão do Sul, UNMISS, pediu hoje a todas as partes implicadas no conflito no país para que cessem a violência étnica (ASHRAF SHAZLY/Stringer)

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Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2013 às 15h29.

Cartum - Os enfrentamentos no Sudão do Sul durante os três últimos dias deixaram 500 mortos, civis e militares, disse nesta terça-feira o ministro de Defesa sul-sudanês, Kuol Manyang.

Em entrevista à televisão estatal, o ministro acrescentou ainda que 200 pessoas ficaram feridas e outras dez foram detidas por seu suposto envolvimento na tentativa fracassada de golpe de Estado do domingo passado.

Além disso, Manyang insistiu que "a tranquilidade voltou à capital, Juba, e que o exército tem a situação sob controle".

Entre os detidos há políticos e militares, enquanto permanecem foragidas outras cinco pessoas, entre elas o antigo vice-presidente Riak Mashar, acusado de ser o principal responsável pela tentativa golpista, explicou hoje o governo sul-sudanês.

O ministro da Informação, Micheal Makuei, destacou em uma nota que os detidos procedem de vários estados do Sudão do Sul e só um deles é da tribo Lou Nuer, motivo pelo qual assegurou que o golpe foi obra de um grupo de pessoas e não de uma tribo específica.

Mashar, que é membro dos Lou Nuer, foi afastado do poder no último mês de julho e parte de sua guarda pessoal se uniu às forças contrárias ao presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, que pertence à tribo Dinka.

A missão das Nações Unidas no Sudão do Sul, UNMISS, pediu hoje a todas as partes implicadas no conflito no país para que cessem a violência étnica.

A representante da ONU no Sudão do Sul, Hilde Johnson, fez um pedido por meio de um comunicado aos dirigentes do país, aos partidos políticos e aos líderes tribais para que freiem "toda ação que gere tensões étnicas e provoque violência".

A UNMISS assegura ter oferecido proteção a 10 mil civis que fugiram dos bairros mais perigosos, além de ter prestado atendimento médico a 39 deles.

Desde sua independência do Sudão em julho de 2011, o Sudão do Sul foi palco de enfrentamentos tribais, tensões internas e conflitos com seu vizinho do norte.

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