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Confrontos no Egito dois anos após queda de Mubarak

A polícia utilizou jatos d'água e gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes que lançaram pedras contra o palácio Itihadiya, em Heliópolis, na periferia do Cairo


	Manifestantes fogem do gás lacrimogêneo, em frente ao palácio presidencial, no Cairo
 (AFP/ Khaled Desouki)

Manifestantes fogem do gás lacrimogêneo, em frente ao palácio presidencial, no Cairo (AFP/ Khaled Desouki)

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Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2013 às 17h49.

Cairo - Policiais e manifestantes exigindo reformas políticas e sociais entraram em confronto nesta segunda-feira à noite em frente ao palácio presidencial, no Cairo, no segundo aniversário da renuncia do presidente egípcio Hosni Mubarak.

A polícia utilizou jatos d'água e gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes que lançaram pedras contra o palácio Itihadiya, em Heliópolis, na periferia do Cairo, segundo imagens exibidas ao vivo pela televisão estatal.

No início da noite, policiais, muitos deles com máscaras de gás, repeliram os manifestantes da grande avenida que leva ao palácio, mas alguns se concentraram nas ruas adjacentes.

Pouco antes, centenas de pessoas convocadas pelos grupos de oposição, se dirigiram ao palácio, enquanto outras marcharam até a Praça Tahrir, epicentro da revolta de janeiro-fevereiro de 2011.

"A revolução continua", podia ser lido em um dos cartazes. Os manifestantes gritavam em coro "uma vez o sangue derramado, não há mais legitimidade".


Movimentos e partidos opositores convocaram manifestações para exigir que o presidente islamita, Mohamed Mursi, pertencente à Irmandade Muçulmana, cumpra os objetivos da revolta popular que permitiu sua ascensão ao poder.

Entre suas principais reivindicações estão o estabelecimento de um novo governo de união nacional, a aprovação de emendas à Constituição redigida por uma comissão dominada pelos islamitas e a destituição do procurador-geral nomeado por Mursi.

Há dois anos, milhares de egípcios saiam às ruas para comemorar a renuncia de Mubarak, convencidos de que a mudança democrática estava ao alcance das mãos.

Atualmente, muitos estão frustrados em ver que os principais objetivos da revolução (a liberdade e a justiça social) continuam fora do alcance e que o país está dividido entre partidários islâmicos de Mursi e uma oposição desorganizada, em sua maioria liberal e de esquerda.

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