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Confrontos na Síria já deixaram mais de 1.700 mortos

Pelo menos 1.747 pessoas morreram no último mês durante choques entre grupos rebeldes no norte da Síria


	Criança em meio à destruição em Homs, na Síria: entre as vítimas há pelo menos 217 civis
 (Thaer Al Khalidiya/Reuters)

Criança em meio à destruição em Homs, na Síria: entre as vítimas há pelo menos 217 civis (Thaer Al Khalidiya/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2014 às 08h46.

Beirute - Pelo menos 1.747 pessoas morreram no último mês durante os choques entre o grupo jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ÍSIS, em sua sigla em inglês) e outras facções rebeldes no norte da Síria, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

Entre as vítimas há pelo menos 217 civis que morreram pelo fogo cruzados dos combates, em atentados e pelo impacto de bombas. Dentro deste número, há pelo menos 23 cidadãos que foram executados pelo Estado Islâmico.

No grupo dos opositores aos jihadistas, pelo menos 979 combatentes faleceram, dos quais 94 foram vingados pelo ÍSIS.

Por sua vez, os extremistas sofreram pelo menos 531 baixas em suas fileiras, das quais pelo menos 34 foram terroristas suicidas que cometeram atentados com carros-bomba e 56 foram executados por seus adversários.

A estas vítimas se somam 20 pessoas de identidade desconhecida, cujos corpos foram achados em distintas bases de ÍSIS.

O Observatório advertiu que o número de mortos desta organização radical e de seus inimigos poderia superar em 600 o número documentado, mas devido ao secretismo de ambas as partes não pôde ser confirmado.

Esta ONG, com sede em Londres e uma ampla rede de ativistas no terreno, esclareceu, além disso, que contou as vítimas desde o começo dos choques, em 3 de janeiro, até a passada meia-noite nas províncias de Homs, Hama, Aleppo, Al Raqqa, Idlib e Deir ez Zor.

Desde essa data, o Estado Islâmico enfrenta a Frente Islâmica, a maior aliança opositora islamita, o Exército dos Mujahedins e o Exército Livre Sírio, que querem expulsar os jihadistas do país porque consideram que cometeram violações contra o povo, como assassinatos e sequestros.

No grupo dos oponentes ao ÍSIS luta também a Frente al Nusra, que foi designada pelo líder da Al Qaeda, Ayman al-Zawahiri, filial oficial desta organização na Síria e delimitou a atividade do ÍSIS no Iraque.

Em mensagem divulgada hoje, o Comando Central da Al Qaeda insistiu que o ÍSIS não é seu braço na Síria.

"A Al Qaeda declara que não tem nenhum vinculo com o Estado Islâmico do Iraque e do Levante. Não informaram sobre sua criação, nem damos ordens, nem assessoramos", assegurou em comunicado divulgado em foros jihadistas.

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