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Confrontos com forças israelenses deixam 25 palestinos feridos

Incidentes violentos ocorreram nas localidades cisjordanianas de Hebron, Al Aroub, Belém, Kfar Kadoum e Qalqilia

Confrontos: em Gaza quatro jovens foram atingidos por disparos de armas de fogo após dezenas deles se dirigirem para a fronteira para enfrentar soldados israelenses (Mohammed Salem/Reuters)

Confrontos: em Gaza quatro jovens foram atingidos por disparos de armas de fogo após dezenas deles se dirigirem para a fronteira para enfrentar soldados israelenses (Mohammed Salem/Reuters)

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EFE

Publicado em 8 de dezembro de 2017 às 11h59.

Jerusalém - Pelo menos 25 palestinos ficaram feridos - um deles em estado crítico - em confrontos com as forças israelenses em Cisjordânia e Gaza em um Dia da Ira que transcorreu com relativa calma em Jerusalém, apesar de a liderança palestina ter convocado protestos contra o reconhecimento do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, da cidade como capital israelense.

Após a oração do meio-dia ocorreram incidentes violentos de menor escala nas localidades cisjordanianas de Hebron, Al Aroub, Belém, Kfar Kadoum e Qalqilia, onde 21 palestinos foram feridos por balas de borracha e outros 72 tiveram que ser atendidos por inalação de gases, segundo informou Erab Fuqaha, porta-voz do serviço de emergências Crescente Vermelho (equivalente à Cruz Vermelha).

Em Gaza quatro jovens foram atingidos por disparos de armas de fogo após dezenas deles se dirigirem para a fronteira para enfrentar soldados israelenses, e foram internados, um deles em estado crítico com um impacto no pescoço, detalhou o porta-voz de Saúde da Faixa, Ashraf al Qedra.

Em Jerusalém, as horas posteriores à oração do meio-dia na mesquita de Al Aqsa transcorreram em calma e com uma grande presença policial.

Segundo confirmaram à Efe vários presentes na oração, o imame principal da mesquita e os líderes religiosos pediram calma aos fiéis.

"O imame pediu calma, disse que este é um lugar de oração, é um lugar sagrado. Embora tenhamos dor em nossos corações pelo que Trump fez, não vamos fazer nenhum protesto, convidamos todo o mundo para que se aproxime de Jerusalém, que é uma região árabe, palestina e muçulmana", afirmou o palestino Abu Salahedin.

Após o final da oração, as ruas da Cidade Velha ficaram praticamente vazias e em calma, assim como os bairros adjacentes, ao contrário do que acontecia no último mês de junho, quando após as orações ocorriam enfrentamentos violentos entre grupos de palestinos e forças de segurança israelenses.

Em Ramala, dezenas de pessoas se dirigiram ao posto de controle militar de Bet El, ao norte da cidade, onde lançaram pedras contra os soldados, que responderam disparando balas de borracha e gás lacrimogêneo.

Em Gaza, os alto-falantes das mesquitas pediram à população que tomasse as ruas e se manifestasse em apoio a Jerusalém e dezenas de jovens marcharam para as fronteiras para enfrentar os soldados israelenses.

Ahmad Bahar, destacado dirigente do Hamas, afirmou durante o sermão de sexta-feira que "a declaração de Trump de que Jerusalém é a capital da entidade sionista é ameaçadora" e advertiu que com ela "está brincando com fogo, está cavando sua própria tumba".

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