Mundo

Confronto na Criméia começa a ser dissolvido

Manifestantes a favor da Rússia e da Ucrânia que se enfrentaram nesta quarta perante o Parlamento da Criméia começaram a deixar o local

Manifestantes a favor da Rússia e da Ucrânia em frente ao Parlamento da república autônoma da Criméia: confrontos teriam deixado um morto (Stringer/Reuters)

Manifestantes a favor da Rússia e da Ucrânia em frente ao Parlamento da república autônoma da Criméia: confrontos teriam deixado um morto (Stringer/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de março de 2014 às 14h15.

Kiev - Manifestantes a favor da Rússia e da Ucrânia que se enfrentaram nesta quarta-feira perante o Parlamento da república autônoma da Criméia (de maioria russa), na cidade de Simferopol, começaram a deixar o local após a intervenção de seus respectivos líderes.

Antes, entre as milhares de pessoas congregadas dos dois grupos opostos, tinham sido registrados enfrentamentos e tinha ocorrido lançamento de pedras, garrafas e paus, choques que, de acordo com informações não confirmadas, teriam deixado um morto.

Segundo meios de comunicação locais e russos, foi escutada uma detonação e um grupo de manifestantes tentou invadir a Rada Suprema (legislativo) que devia debater se reconhece ou não as novas autoridades da Ucrânia.

Perante a tensa situação, o líder dos tártaros da Criméia, Rifaat Chubarov, representante desta minoria propícia à permanência desta península na Ucrânia, saiu da Rada e pediu a seus partidários que se dissolvessem de forma "pacífica e organizada" e que retornassem a suas casas.

"Vamos fazer isso de forma muito organizada. Fizemos muito, não permitimos um conflito. Dizemos que a Criméia ganhou ", assegurou.

"Voltem para suas casas, falem com nossos moradores, russos, ucranianos, gente de outras nacionalidades, decidam que não é preciso criar nenhum conflito de autodefesa. Vocês, todos juntos, protejam igrejas e mesquitas, vigiem os cemitérios, patrulhem as escolas. Façam isso juntos".

O líder tártaro (uma minoria de religião muçulmana) anunciou também que a sessão parlamentar de hoje seria adiada.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCrimeiaEuropaRússiaUcrâniaViolência política

Mais de Mundo

França estreia novo governo com giro à direita

Trump diz que é 'muito tarde' para outro debate com Harris nos EUA

Sri Lanka vota em primeiras presidenciais desde o colapso econômico

Milei viaja aos EUA para participar na Assembleia Geral da ONU pela 1ª vez