Venezuela: cerca de 10.000 manifestantes encheram as ruas da cidade (Marco Bello/Reuters)
Reuters
Publicado em 19 de junho de 2017 às 21h56.
Caracas - Ativistas da oposição venezuelana entraram em confronto com as forças de segurança em Caracas nesta segunda-feira, em uma das maiores manifestações nas últimas semanas, com o objetivo de dissipar dúvidas sobre a resistência do movimento após mais de dois meses de confrontos de rua quase diários.
Um adolescente morreu por ferimento a bala e vários outros ficaram feridos, elevando o número de mortos desde abril para pelo menos 73.
Cerca de 10.000 manifestantes encheram as ruas da cidade. Diante dos canhões de água das forças de segurança e do lançamento de gás lacrimogêneo, os manifestantes jogaram pedras, bombas de gasolina e poderosos fogos de artifício.
"Dia 80 da resistência, e as pessoas não estão cansadas. Hoje, fica claro para quem estava preocupado que a rua ficasse vazia que não é o caso", disse no protesto o parlamentar de oposição Freddy Guevara.
Uma foto da Reuters mostrou um membro da Guarda Nacional apontando o que parecia ser uma pistola para uma multidão de manifestantes.
Em um vídeo separado mostrando o que parecia ser a mesma cena, um agente parece estar atirando com uma pistola.
Em aparente referência ao incidente, o ministro do Interior, Nestor Reverol, descreveu um "uso indevido e desproporcional da força", dizendo no Twitter que várias pessoas ficaram feridas e uma morreu.
Ele afirmou que os agentes envolvidos estavam sendo investigados, mas também condenou a violência dos manifestantes.