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Conflitos na Ucrânia causaram 4 mil mortes, dizem rebeldes

Vice-primeiro-ministro da República Popular de Donetsk disse que cerca de 4 mil pessoas morreram na região oeste da Ucrânia desde o começo do conflito armado


	Separatistas pró-Rússia no aeroporto internacional de Donetsk, leste da Ucrânia
 (Dominique Faget/AFP)

Separatistas pró-Rússia no aeroporto internacional de Donetsk, leste da Ucrânia (Dominique Faget/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2014 às 07h55.

Moscou - O vice-primeiro-ministro da autoproclamada República Popular de Donetsk (RPD), Andrei Purguin, disse nesta terça-feira que cerca de 4 mil pessoas, a maioria civis, morreram na região oeste da Ucrânia desde a explosão do conflito armado.

"Temos já cerca de 4 mil mortos. Três quartos disso são civis", disse Purguin à agência russa "Interfax".

Os números não incluem as baixas entre os soldados das forças armadas ucranianas. Segundo o dirigente separatista, as tropas de Kiev continuam atacando, com foguetes e artilharia pesada, a cidade de Donetsk, principal reduto do grupo pró-Rússia.

"É a razão pela qual nestes ataques morrem principalmente civis", indicou.

Purgin ressaltou que se houver vontade política de ambas as partes, em dois ou três dias podem ser traçadas linhas de separação das forças, o que permitiria afastar o armamento pesado e eliminar os lugares em disputa que não permitem pôr fim às ações militares.

A separação de forças e a criação de uma zona livre de armamento pesado são dois dos pontos dos acordos feitos em 19 de setembro em Minsk.

O vice-primeiro-ministro pró-Rússia destacou que as eleições legislativas e do chefe da RPD, que serão realizadas no próximo domingo, ajudarão a diminuir a tensão na zona do conflito. A ocorrência do pleito também estava prevista no tratado de Misk.

A Rússia já declarou que reconhecerá as eleições das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk como uma manifestação da vontade popular.

Purguin disse que a RPD está disposta a negociar com as autoridades de Kiev todos assuntos, com exceção da união política.

"Nossa postura não mudou. Como antes, nos vemos como um estado independente, mas isso não exclui a possibilidade de diálogo sobre os mais diversos temas, incluídos os econômicos, com os vizinhos ucranianos", disse.

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