Seguranças: 5.926 pessoas morreram em atentados e ataques nas províncias de Pattani, Yala e Narathiwat (REUTERS / Surapan Boonthanom)
Da Redação
Publicado em 3 de janeiro de 2014 às 08h59.
Bangcoc - Cerca de 6 mil pessoas morreram devido à violência na conflituosa região sul da Tailândia, quando se completam dez anos da intensificação da insurgência muçulmana, informaram nesta sexta-feira fontes militares do país asiático.
No total, 5.926 pessoas morreram em atentados e ataques nas províncias de Pattani, Yala e Narathiwat, assim como em quatro distritos da província de Songkhla entre 4 de janeiro de 2004 e 31 de dezembro de 2013.
Destes, 3.461 eram muçulmanos, e 2.431 budistas, segundo dados do Comando de Operações de Segurança Interna reproduzidos pelo jornal "Bangcoc Post".
Outras 10.593 pessoas ficaram feridas desde que a violência se agravou por causa do ataque de militantes muçulmanos a um arsenal militar em Narathiwat que amanhã completa o décimo aniversário.
Os atentados com armas leves, assassinatos e atentados com explosivos se repetem quase diariamente nesta região de maioria muçulmana e etnia malaia, apesar da atuação de 40 mil soldados das forças de segurança e da vigência do estado de exceção.
Também não conseguiu cessar a violência o diálogo iniciado em fevereiro entre o governo tailandês e o Barisan Revolusi Nasional (Frente Nacional Revolucionária, em malaio), um dos grupos que liderou a rebelião muçulmana no final dos anos 60.
As negociações foram suspensas em agosto devido à falta de acordo sobre as exigências da organização muçulmana que pedia a mediação da Malásia e a libertação de todos os presos.
Os insurgentes denunciam a discriminação sofrida por parte da maioria budista do país e exigem a criação de um Estado islâmico que integre as três províncias, que configuraram o antigo sultanato de Pattani, anexado pela Tailândia há um século.