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Conflitos em Sanaa antes do cessar-fogo deixam 9 mortos

De acordo com uma fonte presidencial, as vítimas são dois soldados da guarda do palácio e sete combatentes rebeldes


	Houthis em Sanaa: movimento xiita controla desde setembro a capital do país e sua província
 (Khaled Abdullah/Reuters)

Houthis em Sanaa: movimento xiita controla desde setembro a capital do país e sua província (Khaled Abdullah/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2015 às 17h21.

Sana - Pelo menos nove pessoas morreram e 46 ficaram feridas nesta segunda-feira em choques entre as forças de segurança iemenitas e as milícias do movimento xiita dos houthis nos arredores do palácio presidencial em Sana, antes que se acertasse um cessar-fogo entre ambas as partes.

De acordo com uma fonte presidencial, as vítimas são dois soldados da guarda do palácio e sete combatentes rebeldes.

Os enfrentamentos aconteceram antes de começar a valer o acordo de cessar-fogo assinado entre representantes governamentais e dos houthis em que se comprometeram a acabar com as hostilidades a partir das 16h30 (horário local, 11h30 em Brasília).

Perante a ameaça que os choques remetem, no começo da tarde, os houthis enviaram vários tanques para as proximidades do palácio presidencial.

O movimento xiita controla desde setembro a capital do país e sua província, assim como outras seis regiões do país.

Com o aumento da instabilidade, o presidente Abdo Rabbo Mansour Hadi ordenou ontem ao exército proteger Sana, embora os houthis já tenham enviado suas forças para várias zonas da capital, assim como aos arredores do palácio.

Essa decisão foi adotada depois que os houthis sequestraram no sábado o diretor do gabinete do presidente, Ahmed Awad Mubarak, e ameaçaram outras ações similares.

A expansão militar dos rebeldes xiitas forçou em setembro a formação de um novo governo no Iêmen e a assinatura de vários acordos com a presidência para pôr fim ao conflito.

No entanto, os houthis, que já pegaram em armas contra as autoridades em várias ocasiões entre 2004 e 2010, não respeitaram o ponto que exige a retirada de seus milicianos das cidades.

Atualmente, o grupo reivindica uma maior participação no poder, um pacto contra a corrupção, a aplicação dos acordos de setembro e a cessação do atual processo para aprovar uma nova Constituição.

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